Eu quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança     

Lamentações 3:21 (versão Almeida Revista e Atualizada)

Amada Igreja, graça e paz vos sejam multiplicadas!

Esta mensagem, ao que tudo indica, foi escrita no período em que Judá e Jerusalém foram destruídas pelo exército babilônico (caldeu), ou seja, entre os anos de 586 e 560 a.C.

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Se quisermos vislumbrar uma fagulha das dificuldades, impropérios e mazelas pelas quais passaram os israelitas, basta ler com calma e de forma meditativa este livro – manancial de choro do profeta Jeremias.

De conveniência, já de início, respondermos à singela indagação: “o que é memória?

Sem dúvida, os psicólogos têm uma resposta muito bem elaborada e esclarecedora a esta pergunta. Na ausência da orientação e sempre prudente conselho deles no momento em que escrevo, socorri-me do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, que verbera:

Memória.

(Singular feminino). 1. Faculdade de conservar e lembrar estados de consciência passados e tudo quanto se ache associado aos mesmos (...). 2. Lembrança que alguém deixa de si, quando ausente ou após sua morte, mercê de seus feitos (bons ou maus), qualidades, defeitos, etc.; nome, reputação. (...); lembranças, reminiscências (...); 20. (Psic.) termo geral e global para designar as possibilidades, condições e limites da fixação da experiência, retenção, reconhecimento e evocação (...)”.   

Já, de um dicionário on line, mais objetivamente, extraí:

1. função geral de conservação de experiência anterior, que se manifesta por hábitos ou por lembranças; tomada de consciência do passado como tal. 2. lembrança; recordação; (...)”.

Retornando ao texto do profeta Jeremias, fácil é observar que o próprio contexto, já no versículo subsequente indica o que devemos “trazer à memória” – as misericórdias do Senhor, que se renovam a cada manhã!

Decerto, nosso instinto de autopreservação (e autodefesa mesmo) nos impulsiona a repelir a lembrança de experiências flagelantes e que nos machucam. Por outro lado, temos prazer em cultivar a lembrança de coisas, lugares, ocasiões e pessoas que nos propiciaram alegria e felicidade!

Dentre estas pessoas de saudosa lembrança, a família batista do sétimo brasileira inclui, sem receio de errar, o Pastor Jonas Sommer, a irmã Clarice K. Sommer e os lindos filhos Marcos Paulo e Paula Hadassa.

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Reporto-me, a propósito, ao Pastor Messias Valverde, coordenador da Pastoral do Instituto Metodista Granbery, de Juiz de Fora/MG, cujas palavras tão oportunas, ainda ressoam. Ei-las:

“No templo em silêncio, sente-se a ausência de alguém que já partiu. Há saudade e paz; e o Deus de Amor abriga Seus filhos e filhas fácil no colo. Assim é o "culto em memória" (...). Um momento de esperança e de gratidão pela vida valiosa de quem já foi para os braços do Pai.  

"(...), o culto em memória pode ocorrer sempre que uma família enlutada assim o desejar. Mas raramente você o verá sendo realizado num Dia de Finados (02 de novembro) ou uma semana após o falecimento. Existe um cuidado especial para que não haja erro de interpretação em relação ao significado teológico do culto, sobretudo, entre os visitantes que não são metodistas. É que nas práticas do catolicismo popular (que, nem sempre, correspondem à doutrina da Igreja), a chamada "missa de sétimo dia" está muito ligada à ideia de intercessão pela salvação dos mortos, o que não condiz com a doutrina evangélica. Talvez por isso esse culto não seja tão comum em nossas igrejas”.

Contudo, consoante mencionado na carta convite, esta é uma prática consolidada no calendário litúrgico das igrejas evangélicas norte-americanas, dentre as quais, insere-se nossa Seventh Day Baptist Church.

Por reconhecermos que muitos irmãos e amigos do Pastor Jonas e família gostariam de ter comparecido ao culto fúnebre no dia seguinte ao fatídico acidente, 16/02/2018, em Santo Antônio do Sudoeste/PR, e não lhes foi possível, a Diretoria Geral da CBSDB, sensível à sugestão do Pastor Luciano Barreto Moura, ensejou à amada Igreja, com a presença de nossos pastores norte-americanos, a realização desse “memorial service”, ou, “Culto in Memoriam”. Assim, os amados membros da Federação Mundial Batista do Sétimo Dia, que não puderam participar da despedida na cerimônia fúnebre, terão a oportunidade de comparecerem a esse culto.

Pois bem. Por último, não nos esqueçamos, que o Culto será de celebração da vida, em verdadeira adoração ao Autor e Consumador de nossa fé, Cristo Jesus. Sim, porque Cristo, com Sua morte na Cruz, seguida da ressurreição ao terceiro dia, é a lembrança – a memória – que nos traz esperança!

Assim, lançamos o desafio a que venham todos a Curitiba, em 05/5/2018, e juntos -- em livre e fervente adoração -- refrigeremos nossa memória.

Fraternalmente, em Cristo,

Bernardino de Vargas Sobrinho

Pastor da Primeira Igreja Batista do Sétimo Dia em São Paulo

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