Nós temos dois conjuntos de louça em nossa casa. Um deles é utilizado todos os dias; consiste de uma coleção interessante de xícaras, pratos, pires, tigelas e copos. Alguns combinam com outros, vários são peças velhas e únicas. Essas louças de todo dia têm algumas lascas, arranhões e manchas, confirmando seu uso constante. Servem às nossas necessidades diárias muito bem e, já que se prestam a propósitos meramente utilitários, não tomamos qualquer cuidado especial ao manuseá-las ou colocá-las sobre a mesa para as refeições. Na verdade, nem sempre as empregamos para fazer refeições; às vezes, para um simples lanche. São, repetidamente, retiradas do armário, usadas para as necessidades do momento e, então, colocadas na lavadora de louça. Sempre à mão, continuam resistentes e úteis.

Temos também a porcelana. Ela é um conjunto completo de doze peças com bonitos desenhos na superfície e prata nas bordas. É guardada num recipiente específico. As peças são colocadas lá, de forma ordenada, cuidadosamente posicionadas para que algumas fiquem à mostra e possam ser observadas do armário. Só a utilizamos em ocasiões especiais: quando temos convidados para o jantar ou estamos celebrando algo em especial. Ao tirarmos essa louça do armário, faze-mo-lo com tanto cuidado para que não sofra dano algum. As peças são sempre lavadas à mão já que os abrasivos da máquina de lavar podem danificar a decoração ou desgastar as beiradas de prata. Secamos, também, manualmente para que nenhuma gota de água permaneça sobre elas. Tomamos cuidado para que a louça continue bonita por um longo tempo. E assim acontece. Em razão do cuidado recebido, nosso conjunto de porcelana de vinte anos parece quase tão novo quanto na primeira vez em que o usamos.

Com isso em mente, pense agora na vergonha, na desgraça e na calamidade que seria para a dona da casa se começássemos a tratar a porcelana como se fosse a louça usada todos os dias. Você pode imaginar a lamúria, a lamentação e o ranger de dentes caso alguém viesse a nossa casa e, não sabendo ou talvez não ligando muito para a forma como lidamos com essa louça, começasse a tirá-la do armário e usá-la para outro propósito? Certamente lamentaríamos ver aquelas lindas xícaras e pratos jogados, casualmente, na lavadora e, em pouco tempo, reduzidos a peças trincadas e arranhadas.

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Assim também é com o sábado e com os outros dias da semana. Em nossas vidas, ele deveria ser considerado como a porcelana. Os outros dias seriam, é claro, a “louça de todo dia”. O sábado receberia nosso melhor cuidado e respeito. Deveríamos lhe conceder um tratamento especial para preservar a integridade, o valor e o propósito. Deveríamos considerá-lo como algo de muito valor. Por quê? Não porque preferimos assim, não porque o dizemos; mas porque Deus assim o fez, separando-o para Seus propósitos especiais.

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O sábado é um tempo santo. Tem um caráter, significativamente, diferente dos outros dias. É sagrado e, como tal, deve ser tratado com respeito. Quando Moisés estava perante o Senhor, no episódio da sarça ardente, removeu suas sandálias, porque aquele lugar tinha sido designado por Deus como santo (Êxodo 3.5). Da mesma forma, o sábado é um território assim. É uma “zona de tempo” santa, porque Deus o separou na criação do mundo.


 Extraído de: Larry E. Graffius; “Fiel ao Sábado, Fiel ao Nosso Deus: Lições Práticas para a Guarda do Sábado”. Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira, 2006, p. 18-20.

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