Além das coisas exteriores, me oprime a cada dia o cuidado de todas as igrejas
2 Coríntios 11:28
Amados irmãos e irmãs, senhores e senhoras, jovens, adolescentes e infanto-juvenis, graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo vos sejam multiplicadas!
Cerca de um ano atrás, escrevi um pequeno texto em que expressava um autoquestionamento, a saber: Como seria possível costurar uma conciliação entre uma Igreja Viva e Relevante com a cultura de nossa época? Indagava, ainda, sobre o limite que necessita ser estabelecido entre a prática do cotidiano de um salvo e a (quase) avassaladora cultura secular?
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Com isso, estava, em verdade, conclamando a todas as cabeças pensantes da IBSD brasileira — na condição de herdeira da doutrina, vale dizer, dos alicerces e pilares da Igreja Cristã Primitiva —, a descobrir conceitos, métodos e balizas que nos permitam ser relevantes na tão decaída sociedade atual!
Com certeza, tais questionamentos têm o propósito de desencadear em nós uma reflexão mais aprofundada e mais comprometida com o chamado que Deus nos fez.
Li outro dia que o filósofo e teólogo Soren Kierkegaard costumava contar uma parábola a respeito de uma Igreja frequentada por um bando de gansos domésticos. Todos os fins de semana eles caminhavam até a Igreja, com seus passos oscilantes e ouviam o Pregador Ganso mais velho proclamar as maravilhas do voo. Ele exortava: “Não precisamos andar sobre a terra, presos a este lugar aqui em baixo! Podemos voar, nos elevar e alcançar as regiões mais altas, mais distantes e com climas mais abençoados! Em suma, podemos voar!” A narrativa da parábola dá conta de que, após ouvirem o sermão todos os domingos, os gansos grasnavam: “Amém!” Entretanto, como de costume, saíam um a um pela porta, caminhando em fila até suas casas e continuavam sua rotina aqui em baixo”.[1]Podiam voar, mas não o faziam. Tudo o que tinham que fazer era sacudir e bater as asas.
Estou convencido de que muitas Igrejas deixam de cumprir sua missão porque se acomodam como os gansos da nossa parábola.
Mas, aleluia, pois não tem sido assim conosco!
Dito isso, tomo a liberdade de expressar um tonitruante (altissonante) “Glória a Deus”! Sim, porque, mesmo em meio a tão preocupante crise da Covid-19 que se instalou no mundo inteiro, esta Igreja, por meio de seus dedicados membros titulares e auxiliares nos Departamentos que formam o Conselho de Administração da CBSDB, tem esboçado significativa relevância para os seus membros e para quantos o Senhor Jesus tem permitido sejam alcançados por nossas programações e pregações.
No último fim/início de semana, atrelado ao feriado de 12 de outubro — portanto, um feriadão — os Departamentos conhecidos como Federação de Jovens Batistas do Sétimo Dia (JB7) e Adolescentes Batistas do Sétimo Dia (AB7), realizaram um magnífico, eficiente e relevante Congresso Virtual. Nossos jovens e adolescentes batistas do sétimo marcaram história!
O evento foi grandioso — e não poderia ser diferente —, porquanto fruto de dedicada jornada de oração, consagração, organização e, somado a tudo isso, efetivo comprometimento.
À obviedade, toda honra e glória devem ser tributadas ao Senhor Jesus Cristo! Mas, por outro lado, a própria Bíblia, referindo-se ao reconhecimento de pessoas que ocupam cargos de liderança e efetiva prestação de serviços, exorta: “Deem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra”! (Romanos 13:7 – grifei).
Assim, valho-me desse ensejo para agradecer e cumprimentar com muito louvor os jovens Ministros titulares dos respectivos Departamentos: Presbítero Amaury Moitinho, Presidente da JB7 e Pastor Emanuel, Presidente do Departamento AB7. Entretanto, eles não atuaram sozinhos. Ao contrário, receberam valiosíssimo respaldo e auxílio dos seguintes irmãos: Fabrício Lovato, Pelotas/RS; Daisy Moitinho, Campinas/SP; Pastor Valtenir, Palmitinho/RS; João Paulo, João Pessoa/PB; Elisandra Brito, Mafra/SC; Néia — esposa do Pastor Emanuel, Joinville/SC; Pastor Claudinei e sua esposa Diaconisa Patrícia, Itararé/SP e Endiane, Curitiba/PR.
Somos gratos ao Senhor pelas valiosas ministrações da Palavra como, por exemplo a pregação de abertura trazida pela vibrante irmã Débora Padilha (esposa do Pastor Patrick), de Tubarão/SC. Somos gratos, ainda, pelos Pastores de além-mar Andrew Samuel e Garfield Müller, USA e seus prestimosos conselhos!
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E, o que dizer dos louvores? Ah, os louvores foram entoados com muita vida e extrapolaram os limites dessa existência, porquanto tiveram a graça de nos arrebatar para junto com o coro dos anjos celestiais!
Mas, isso não é tudo.
O feriadão se encerrou de forma apoteótica! Sim, na segunda-feira, 12/10/2020 — Dia da Criança — o Departamento Infanto-Juvenil, sob a direção da irmã Professora Simone Kliguer (esposa do Pastor Paulo Kliguer), da Segunda IBSD de Curitiba/Boqueirão, com o auxílio das Professoras Priscilla Kliguer (esposa do Presbítero Josué Kliguer) e Endiane (e a participação especial de algumas de nossas crianças) nos brindaram com uma programação especial alusiva ao dia delas. Foi tudo muito lindo!
Olhem, não sei se existe orgulho santo. Há quem diga que não. Talvez não exista mesmo. Orgulho é orgulho. Ponto. De todo modo, temos uma doutrina pura alicerçada única e tão somente na Bíblia! Somos depositários de uma fé inegociável! Mas, para além disso, com todas essas belas e inspiradoras programações, confessou-lhes que mais uma vez senti orgulho, sim, de ser um batista do sétimo dia!
Parabéns Departamentais-Conselheiros Presbítero Amaury Moitinho, Pastor Emanuel e irmã Simone Kliguer! Que o Senhor Jesus os conserve com tamanha dedicação e desprendimento! Sinto-me contagiado, desde já, por esse amor que vocês, com simplicidade e comprometimento, devotam ao Serviço do Reino de Deus!
Nesta breve e singela mensagem, tenho como alvo convocar a irmandade batista do sétimo dia para uma visão ampla e profunda de todas as demandas de um envolvimento pessoal com DEUS, sem abrir mão do envolvimento comunitário da igreja. Lembremo-nos que uma igreja viva é sempre uma igreja humana. E mais. A Igreja é uma instituição divino-humana. Do prisma divino, ela é perfeita. Sob o aspecto humano, ela traz as marcas da imperfeição. Entretanto, “o Senhor a amou e Se entregou por ela para apresentá-la como Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5:27).
Que o Senhor, por meio do Seu Santo Espírito, prossiga agindo nos corações e mentes de cada crente batista do sétimo dia! Temos já empreendido uma grande marcha, cujo término dar-se-á por ocasião da Volta do Senhor Jesus Cristo em glória e majestade. Até que chegue esse dia, somos desafiados a preservar e proclamar “a fé que uma vez foi entregue aos santos”.
Deus nos abençoe!
Bernardino de Vargas Sobrinho
Pastor Geral — Presidente da Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
[1] YANCEY, Phillip. Igreja: Por que me Importar? – 1ª ed., – São Paulo/SP: Editora Vida Nova., 3ª ed., 3ª reimpressão, 2014, p. 68.
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