Além das coisas exteriores, ainda pesa sobre mim diariamente a preocupação com todas as igrejas. (2 Coríntios 11:28)

Amados irmãos e irmãs, graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo vos sejam multiplicadas!
Não raras vezes, temos sido consultados sobre o significado dos símbolos constantes em nosso logotipo. Por último, chegou da IBSD de Moçambique idêntica consulta, visto que para fins de registro oficial da Igreja, o governo daquele país exige uma definição dos referidos símbolos.
À obviedade, tais símbolos constituem um sinal de identidade ou uma marca identitária. Dito de outro modo, ao adotá-lo a IBSD tem por escopo comunicar sua convicção de fé. Não é ocioso lembrar que ao longo da Revelação de Deus à humanidade, muitas vezes, o Todo-Poderoso Se comunicou por símbolos sonoros e audiovisuais.
Nesse cenário, verificamos uma tocha de luz, uma Bíblia aberta e, ao centro, uma cruz

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Decerto, não são figuras aleatórias, nem estão ali por formarem um conjunto belo de símbolos. Sendo assim, resulta inevitável a indagação:
- Por que a cruz?
- Por que a Bíblia aberta?
- Por que a tocha acesa?
Ora, somos uma igreja que crê e defende os pilares da Reforma do século XVI. Tais princípios se encerram nos famosos 5 (cinco) “sola”, a saber: “sola scriptura” (só a Bíblia), “sola fide” (só a fé), “sola gratia” (só a graça), “solo Christus” (só Cristo) e “Soli Deo Gloria” (glória somente a Deus).


Larry Graffius, a propósito, escreveu:
“O logotipo Batista do Sétimo Dia é o símbolo que usamos para representar nossas igrejas, nossos ministérios e nossa Conferência. Há mais de 100 anos, nós colocamos um desenho do logotipo em nosso escritório e literatura como uma marca de identificação visual; é a nossa assinatura. [...]. No coração do ‘logo’, o ponto central é a cruz. A cruz representa o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ela [...] é o elemento central da nossa fé. Nós acreditamos que Jesus é o Filho de Deus e por causa de Sua morte expiatória, podemos ter a vida eterna. [...]. A base dessa crença e do fundamento de tudo o que nós praticamos é a Palavra de Deus, a Bíblia. Os Batistas do Sétimo Dia proclamam a verdade de que somente a Escritura é nossa autoridade final em matéria de vida cristã e crenças pessoais. Inseparável do saber e crer é anunciar aos outros a Boa Nova do amor de Deus por nós em Cristo. A tocha representa o nosso compromisso de ensino, evangelismo e uma vida piedosa diante dos outros. [...]. Finalmente, o fortalecimento de tudo o que somos e fazemos vem através do Espírito Santo, representado pela chama. Ele é o poder dinâmico no trabalho dentro de nossas vidas. [...]. Temos orgulho em mostrá-lo como o símbolo para a Conferência Geral dos Batistas do Sétimo Dia”. (traduzido por Fabrício Lovato)

Com efeito, nós batistas do sétimo dia temos a Bíblia como sendo a inerrante e suficiente Palavra de Deus. O que isso significa?
Pois bem. Pelo princípio da inerrância, dizemos que as Escrituras Sagradas são totalmente confiáveis e, conquanto a Bíblia tenha sido redigida por cerca de 40 escritores diferentes — no transcurso de cerca de 1600 anos —, seu autor é Deus. Dentre as muitas confirmações dessa assertiva na Bíblia, temos a magistral afirmação do Apóstolo Pedro, em sua 2ª epístola, cap. 1, vs. 19 a 21.
De outro giro, pelo princípio da suficiência da Palavra de Deus, entendemos que a revelação de Deus aos caídos filhos de Adão (estamos todos incluídos nessa categoria) vai do Gênesis ao Apocalipse, encerrando-se aí. Portanto, as Escrituras Sagradas não necessitam de adendos, apensos e outros “penduricalhos” mais, sob a pretensão de se constituírem o “espírito de profecia”, ou, dito de outro modo, uma complementação da revelação. Não. A revelação de Deus à humanidade nas Escrituras tem o seu desfecho, vale dizer, o seu encerramento, no livro de Apocalipse. Não necessitamos, pois, de profetas, profetisas e/ou apóstolos modernos.


Por outro lado, a tocha acesa tem total liame (ligação) com a Bíblia, que é “lâmpada para os [...] pés e luz para o [...] caminho” (Salmos 119:105). Simboliza, ademais, que o salvo em Cristo, para além de andar na luz, é comissionado por Cristo a ser luz do mundo (veja Mateus 5:14). E, nessa condição de luz do mundo, somos desafiados a proclamar as boas-novas da salvação a todos os perdidos. E isso se dá no poder do Espírito Santo. Essa é, pois, mais uma implicação da tocha acesa.
Por derradeiro, a cruz no centro. E não poderia ser diferente. A existência da Igreja Batista do Sétimo Dia no mundo decorre da obra de Cristo na cruz. Esta é a mensagem central do Evangelho. Nossa Igreja e nossas pregações são (ou, pelo menos, deveriam ser) sempre CRISTOCÊNTRICAS. Nossa Cristologia proclama que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus. Ele é a cabeça da Igreja. “Todas as coisas foram feitas por Ele e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:3).
Que o Senhor nos conserve na identificação e preservação da fé que uma vez foi entregue aos santos!
Deus nos abençoe!

Bernardino de Vargas Sobrinho
Pastor Geral — Presidente da Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

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