Cristianismo e Ciência: é possível conciliar?

  Pois seus atributos invisíveis, seu eterno poder e divindade, são vistos claramente desde a criação do mundo e percebidos mediante as coisas criadas     

Romanos 1:20

É de se imaginar que todos (senão quase todos) os cristãos já perceberam que vivemos tempos difíceis para defender nossa posição de crentes seguidores de Jesus Cristo. São ataques vindos de todos os lados e muitas vezes nos sentimos quase que afogados diante de tantas ofensivas e pressões. Vêem sua fé titubear e por vezes acham que realmente vivem uma ilusão, afinal os grandes pensadores, a mídia e muitas outras celebridades das diversas áreas excluem a ideia de Deus, ou pelo menos, da divindade judaico-cristã.

Um dos locais onde esses ataques ocorrem com mais violência, certamente são as universidades. Lugares tidos como uma “zona de livre pensamento”, infelizmente não permitem uma construção de raciocínio que desafie o já estabelecido pelo secularismo e entendem como um ataque à ciência quando há propostas que permitam a inclusão de Deus ou alternativas à Teoria da Evolução (TE). Ou seja, existe um “establishment” acadêmico que destrói a fé de nossos jovens, mesmo de alguns já preparados pela família e ou igreja.

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Porém, a boa notícia é que há sim, pessoas muito bem instruídas e preparadas nos meios acadêmicos que ousam desafiar o modelo proposto, entendo que a ciência, a filosofia e a teologia podem andar unidas. Neste contexto, foi com muita alegria que na noite do dia 18 de julho, o vice-presidente da Federação de Jovens Batista do Sétimo Dia (JB7), Fabricio L. Lovato, através de uma live transmitida no canal do YouTube da JB7 e no Facebook da IB7.org entrevistou o professor Marcos Nogueira Eberlin, atual diretor-presidente da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (TDI Brasil) e autor de dois livros sobre o assunto: “Fomos Planejados: A maior descoberta científica de todos os tempos” e “Antevidência: a química da vida revelando planejamento e propósito”.

O professor Eberlin possui pós-Doutorado em Química e atualmente é pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde atuou como Professor Titular, fundou e coordenou por 25 anos o Laboratório ThoMSom de Espectrometria de Massas. É, também, professor e coordenador do Centro de Pesquisas em Ciências, Fé e Sociedade (Discovery Mackenzie) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Desde 2002 é membro da Academia Brasileira de Ciência e em 2005 foi nomeado Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu em 2016 a “Medalha Thomson”, da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massa (IMSF), que é a maior honraria concedida a espectrometristas de massas. Ainda na IMSF, foi presidente por dois mandatos da instituição. Na Unicamp, foi vice-diretor do Departamento de Química e além de tudo isso, já publicou mais de 1.000 artigos científicos que receberam mais de 20.000 citações em diversas áreas da ciência. É um gabarito que ninguém pode desqualificar para menosprezar sua fé.

Foi uma conversa bastante interessante e esclarecedora. Iniciando com uma frase de Pasteur “Um pouco de Ciência nos afasta de Deus e muito nos aproxima”, o Doutor Marcos falou sobre sua vida na igreja cristã, herdada de seu bisavô, contou como iniciou seu gosto pela química e da entrada na universidade. Adiante, ele conta como se sentiu desafiado a defender sua fé num Deus criador quando uma revista, tida por muitos como científica, publicou uma matéria afirmando que Charles Darwin, ao propor a Teoria da Evolução, matou Deus. Nessa busca, percebeu que havia propostas científicas, fundamentadas, que davam sustento à ideia de uma mente inteligente que preparou com perfeição o universo e tudo o que nele há. A partir de então, se tornou um proponente e defensor da Teoria do Design Inteligente (TDI).

Durante o bate-papo, houve uma explanação sobre o surgimento das universidades, do pensamento científico e de como tudo isto sempre esteve embasado na crença em Deus e como que mais tarde, aconteceu o desvio para o naturalismo científico, que é o entendimento de que tudo o que observamos na natureza é o que há, sem espaço para fenômenos metafísicos ou sobrenaturais. Este naturalismo ganhou força com a conceituação da Teoria da Evolução por Darwin no século XIX, mas que até hoje carece de muitas confirmações científicas e possui diversas contradições. Além disso, houve também críticas ao chamado “Evolucionismo Teísta”, que é uma forma de alinhar a TE com o a ideia do Deus bíblico, o que segundo Eberlin, são conceitos incompatíveis. O professor ainda expôs o que é a TDI e a diferença dela para o criacionismo.

Por fim, depois de uma agradável troca de ideias entre os doutores (o irmão Fabrício tem doutorado em Educação em Ciências e mestrado em Bioquímica), o professor Eberlin estimulou que os jovens não desanimem e não baixem a cabeça ao terem sua fé confrontada, pois afinal, nós temos Deus do nosso lado e que muitas vezes, para defender a evolução e o naturalismo, tudo o que eles têm também é fé no naturalismo.

Ademais, a Igreja Batista do Sétimo Dia se declara criacionista e estimula que os seus membros a procurem Deus também através da ciência (afinal, Ele é o criador dela!) e reconhece que a Teoria do Design Inteligente é uma importante ferramenta a ser utilizada nesta busca.

Segue abaixo os links para quem não acompanhou a entrevista, mas ainda deseja vê-la ou mesmo para os que querem rever o instrutivo diálogo:

• YouTube
• Facebook

Para auxiliar os irmãos interessados em conhecer e se cadastrar na Sociedade Brasileira do Design Inteligente segue a da página da Sociedade Brasileira do Design Inteligente.

Aos que se interessaram em adquirir alguma literatura, seguem três sugestões: “A Caixa Preta de Darwin”, livro escrito pelo estadunidense Michel J. Behe, que fez surgir o conceito do Design Inteligente e os dois livros do professor Marcos Eberlin, “Fomos Planejados” e “Antevidência”, que podem ser adquiridos pelo site da Editora Mackenzie.

 

 

A Caixa Preta de Darwin

‍ Michel J. Behen

Em 1996, A caixa preta de Darwin lançou ao mundo a Teoria do Design Inteligente: o argumento de que a natureza exibe evidências de design que vão muito além do acaso darwinista. O livro catalisou um debate bastante acalorado sobre a evolução, que continua cada vez mais a se intensificar nos Estados Unidos e no mundo, incluindo o Brasil. Em um amplo espectro científico, a obra se estabeleceu como o texto básico e fundamental do design inteligente (DI), o argumento que precisa ser considerado para determinar se a evolução, segundo propôs Darwin, é mesmo suficiente para explicar a vida da forma que hoje a conhecemos. No posfácio da edição comemorativa do 10º aniversário do livro, Behe explica como a complexidade descoberta por microbiologistas cresceu drasticamente desde a publicação de seu livro e como essa complexidade irredutível tem sido um desafio contínuo ao darwinismo, que, sistematicamente, tem falhado em explicá-la. No posfácio comemorativo desta edição de 2019, Behe reforça o poder crescente de seus argumentos – tão atuais e devastadores em 2019 quanto eram em 1996 – e comemora o crescimento do DI no Brasil e no mundo. A caixa preta de Darwin é histórico, indispensável e ainda mais importante hoje do que era em 1996!

Ano: 2019
Qtd. Páginas: 432
Dimensões: 16 x 23 cm

 

Antevidência: a química da vida revelando planejamento e propósito

‍ Marcos Eberlin

Conheça os insetos que saltam usando engrenagens precisas e a tecnologia genial que faz uma lagosta dar socos potentíssimos. Entre no mundo misterioso das plantas carnívoras e se fascine com uma máquina proteica microscópica encontrada em pássaros que faz seus olhos funcionarem como um GPS incrível por meio do uso de um “bizarro” entrelaçamento quântico. Junte-se ao renomado cientista brasileiro Marcos Eberlin no seu desvendar de diversas soluções geniais encontradas na vida para seus grandes desafios de engenharia química e biológica, soluções que transcendem a evolução cega de Darwin e apontam para uma causa com um atributo exclusivo de mentes inteligentes: a antevidência.

Ano: 2020
Qtd. Páginas: 202
Dimensões: 16 x 23 cm

Antevidência: a química da vida revelando planejamento e propósito

‍ Marcos Eberlin

“De onde viemos e para onde vamos?”. Em Fomos planejados: a maior descoberta científica de todos os tempos, Eberlin avalia essa questão – a maior sobre nossas origens –, via átomos e moléculas e com uma pitada de bom humor, filosofia e teologia. O autor mostra o que a ciência sabe hoje sobre o universo: o Big Bang, a explosão que do “nada” e para nada teria feito o “tudo” e a vida, e a “sopa primordial” de Miller, que teria gerado o “micróbio primordial”, o qual, “a la Darwin”, se transformou na microbiologista. Fatos ou boatos? Eberlin coloca também outra hipótese sobre a mesa do debate científico: a de que o universo e a vida foram feitos prontos e por um designer inteligentíssimo. Será? Acaso ou design? Leia e decida, pois é a sua origem que está em jogo! “Um compêndio esplêndido que fortalece a tese de que a complexidade irredutível da vida aponta para um designer”, Michael Behe (Bioquímico). “Um knockout na ciência dos mortos-vivos”, Jonathan Wells (Biólogo Molecular). “Riqueza de informação científica – clara e descontraidamente descrita – que evidencia que tudo começou com uma mente inteligente”, Adauto Lourenço (Físico)

Ano: 2019
Qtd. Páginas: 464
Dimensões: 16 x 23 cm