Instrui a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer não se desviará dele.
Provérbios 22:6 (A21)
Em sua obra “Pescadores de Crianças: orientação prática para falar de Jesus às crianças” o famoso teólogo e pregador britânico Charles Haddon Spurgeon (1834 – 1892) descreve toda a sua preocupação com a pregação do Evangelho para as crianças e que acesso ou estímulo os adultos dão para que elas cheguem até a Palavra. Durante todo o livro o autor alerta os cristãos sobre a importância de deixar os jovens se aproximarem de Cristo e ensiná-los na sã doutrina e numa frase ele diz: “Quer ensinemos a verdade ou não aos jovens cristãos, o diabo com certeza lhes ensinará o erro”.
Carregando esta mesma preocupação de Spurgeon, muitos irmãos Batistas do Sétimo Dia espalhados pelo Brasil não quiseram deixar passar em branco o mês de outubro como um mês de comemorações aos “batistinhas”, por causa do dia 12, que é conhecido nacionalmente como “Dia das Crianças”. A seguir, temos alguns exemplos de atividades que foram realizadas em algumas congregações BSDs.
Na pequena cidade de Irineópolis, no planalto norte catarinense, os irmãos desta comunidade reuniram-se no sábado dia 13 pela manhã para celebrarem ao Senhor num culto voltado para os pequeninos, mas que os adultos participaram também. Os irmãos Deborah e Cristhiano Fritzen, que já congregaram nesta igreja e hoje residem em Irati – PR, levaram uma rápida reflexão aos adultos, baseada no texto de Mateus 19:14 “Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque o reino do céu é dos que são como elas” fazendo-os se perguntarem como estamos estimulando ou impedindo os nossos filhos de chegarem a Jesus. Depois as crianças foram chamadas e participaram de uma dinâmica baseada no texto de Tiago 1:22 - 24 sobre a relação fé e atitudes cristãs.
Neste ano de 2018, a irmã Ellen Appel Kutinski percebendo os danos na fé que seus filhos e sobrinhos poderiam ter ao não receber uma palavra voltada a eles resolveu preparar escolas sabatinas infantis e desde então reserva um momento apenas para os pequenos. A Igreja Batista do Sétimo Dia em Irineópolis possui 10 membros batizados e em sábados alternados é atendida pela igreja de Canoinhas - SC (que dista cerca de 50 km) na pessoa do Pastor Luis Rogério Palhano.
Já em Natal, capital do Rio Grande do Norte, os Batistas do Sétimo Dia foram representados pelo irmão Rosemberg de Oliveira Silva, o Pastor Eli Magalhães e sua filha Elisamarina que realizaram atividades sociais e evangelísticas no dia 19 no Instituto Amar, localizado no bairro Jiqui Camping. O público alvo desta instituição foram crianças e adolescentes carentes da faixa etária de 1 até 17 anos. A ação social foi movida pela empresa em que o P. Eli tem seu emprego secular, ajudada por empresas que prestam serviço àquela e uma universidade que ficou responsável pela junta médica. Foram executados trabalhos de jardinagem e plantação de mudas de plantas, construção de um banheiro, substituição de cerca por muro, pintura do imóvel, aplicação de flúor, entregas de roupas e brinquedos além de atividades esportivas e de louvor.
No Paraná, algumas igrejas também procuraram não deixar em branco esta data importante. Na Segunda Igreja Batista do Sétimo Dia de Curitiba, localizada no bairro Boqueirão as crianças lembraram diversos personagens que povoam o imaginário e as histórias infantis, mas foram lembradas de que o principal personagem de nossas vidas deve ser o Senhor Jesus Cristo, afinal, Ele é real e tem algo verdadeiro para nos dar: a salvação. Depois, as crianças se deliciaram com guloseimas. Foi lindo! Esta atividade aconteceu dia 20 e foi organizada pelo grupo de jovens e departamento de educação infantil. Vale sempre lembrar que esta igreja no Boqueirão nasceu com um trabalho do irmão Delmar Ezequiel Stork voltado inicialmente para crianças e que hoje rende os frutos de Deus em pessoas de todas as idades!
Ainda no estado paranaense, porém distante 470 km para oeste, na cidade de Dois Vizinhos, a igreja atendida pelo Pastor Gláucio Correia de Souza, realizou as atividades infantis no dia 27, que foram organizadas pela irmã Adriana Brand. As crianças se divertiram com uma festa do pijama, gincana bíblica e várias brincadeiras que tornaram este evento belo e inesquecível! Compareceram 20 crianças, sendo que 10 são filhos de membros da igreja e as outras 10 são crianças de fora da comunidade, dando espaço para iniciar aí um trabalho evangelístico missionário.
Estes foram apenas alguns exemplos de atuações que alguns agrupamentos Batistas do Sétimo Dia realizaram Brasil afora. Muitas outras ações que não estão descritas aqui aconteceram em nossas igrejas, desde trabalhos simples até os mais elaborados, mas todas com o intuito de levarem as crianças, tão amadas por Jesus, para o Seu caminho.
Mas infelizmente sabemos também que em algumas igrejas houve carência de tais atividades. Algumas por nem terem um grupo de crianças, outras, por não terem um departamento ou alguém que se dispusesse a ajudar nessa tarefa. O fato é que o “vinde a mim os pequeninos” de Jesus não foi praticado.
Na obra citada logo no início do texto, Spurgeon pede que os cristãos não desdenhem o trabalho educativo infantil por achar que as crianças podem não captar a mensagem. Com muita veemência, ele diz que “A opinião de que as crianças não podem receber a verdade toda do Evangelho é um grande erro, pois sua condição de criança é uma ajuda em vez de empecilho; os mais velhos precisam se tornar crianças pequenas antes de poderem entrar no Reino”.
Neste livro, o pastor inglês faz diversos apelos a pais e igreja para que não deixem de falar, mostrar e praticar a fé em Jesus Cristo com os pequenos. Em certo trecho ele compara as idades e, sem desvalorizar uma pessoa de mais idade que aceite a Jesus, afinal, todos são valiosos para Deus, uma crianças convertida teria muito a acrescentar no Reino de Deus durante a sua longa vida pela frente, pois “o homem que desde criança conhece as Sagradas Escrituras, quando obtém a fé em Cristo, será alicerçado e estabelecido sobre os princípios duradouros da Palavra imutável de Deus!”.
Sugestão de leitura:
Pescadores de Crianças:
Numa visão ainda mais longínqua, Spurgeon acrescenta: “Oh, mestres, vejam o que podem fazer! Em suas escolas estão sentados nossos futuros evangelistas. Naquela classe dos menorzinhos está sentado um missionário para alguma terra distante. Poderá vir sob sua mão de treinamento, minha irmã, um futuro pai em Israel. Virão sob seu ensino, meu irmão, aqueles que carregarão as bandeiras do Senhor no grosso da batalha. As eras olham para vocês cada vez que sua classe se reúne.”
Que Deus nosso Senhor acolha cada criança que se achegue a Ele e que nós, Batistas do Sétimo Dia, trabalhemos arduamente para que elas recebam a mensagem e não se desviem do Caminho, pois elas não são o futuro da igreja, e sim parte do presente!