Assim diz o SENHOR meu Deus: Apascenta as ovelhas da matança, Cujos possuidores as matam, e não se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o SENHOR, porque tenho enriquecido; e os seus pastores não têm piedade delas.
Zacarias exerceu seu ministério profético por volta de 520 a.c., período pós-exílio e marcado pelas reformas realizada em Judá nesse tempo. A nação havia experimentado invasões e um cativeiro relativamente longo (aproximadamente 70 anos). A mão do Senhor lhes foi favorável e retornavam à sua terra com a missão de reconstruí-la, não apenas um local definido geograficamente, mas um povo, com sua cultura, história, religião, autonomia, enfim, ocuparem seu lugar de onde haviam sido arrancados. No entanto, o profeta tem uma queixa severa da parte do Senhor contra, sobre tudo, os líderes de Judá. Seus compatriotas eram levados como ovelhas para o abate e isso parecia não causar nenhum incomodo, nenhuma revolta, ou seja, os que eram oprimidos e vilipendiados eram entregues à própria sorte, por isso a advertência nesse capítulo 11 de Zacarias são severas contra os líderes, chamados aqui de “pastores”, pois tinham a responsabilidade de cuidar do povo, proteger os mais fracos, porém não era o que acontecia, pois essa situação era, de certa forma, fonte de lucros para aqueles “líderes”. Isso não reflete muito em nossos dias? Quantos são os que exploram a fé alheia em benefício próprio! Principalmente se aproveitando de pessoas fragilizadas, o Senhor deixará que esse mal fique impune? Certamente que não!