E logo o Espírito o impeliu para o deserto.    

Marcos 1:12 

  E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.    

Marcos 1:13

 INTRODUÇÃO

Leia também alguns artigos relacionados:

A lei, a carne e o espírito
Comentário da lição
Que diremos pois?Texto de EstudoQue diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu n&...
Graça maravilhosa
Comentário da lição
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida...

   Sempre que o assunto a ser analisado é a vida, a obra, a ressurreição e, principalmente, a divindade de Jesus Cristo, não há como, na história da Igreja, não se encontrar uma série de controvérsias. O que ocorre é que essas discussões, ao longo do tempo, têm-se concentrado na natureza e divindade do Filho do Homem. É, justamente, nas afirmações de Jesus como aquele que, em Si, possui a plenitude da Divindade e, ao mesmo tempo, possui a integridade da humanidade, que residem os problemas para aqueles que insistem em discutir e tentar desconstruir o que está afirmado categoricamente na Bíblia.

   As abordagens, sejam das passagens que falam da Sua humanidade, humildade, ou de Seus milagres, sempre voltam a discutir Sua natureza de um lado, as perguntas e possíveis respostas convergem sempre ao ponto de tratá-lO como não possuindo a plenitude da Divindade. Por outro lado, ao tentar entender a obra de Deus em Jesus Cristo, Seus milagres e afirmações quanto à Sua divindade, homens têm se voltado para descartar a plenitude da humanidade. Assim, a despeito dos pontos abordados, as discussões voltam aos temas tão discutidos nos antigos Concílios. E as perguntas variam, mas voltam aos mesmos pontos: como poderia ser plenamente homem e não poder pecar? Como poderia habitar a plenitude da Divindade e ser tentado?

   Há que se notar que, a despeito de tocarem em pontos distintos dos que anteriormente já foram tratados, sempre voltam para a natureza de Jesus Cristo e quem, de fato, Ele é. Esse é o tema desta lição: a humanidade de Jesus o submeteria, ou não, à possibilidade de pecar? Em outras palavras: em que medida, ou em que sentido, Jesus poderia ser tentado a ponto de pecar? O que caracteriza a sua humanidade não estaria sujeita ao pecado?

   Antes de se iniciar qualquer estudo a respeito desse tema, tem-se que ter em mente que a Bíblia é a única autoridade para afirmar qualquer coisa a respeito de Jesus Cristo. E mais, devese estar atento que, sob o manto de tentar entender como se dá a integridade da personalidade de Jesus Cristo, havendo Nele duas naturezas, a Divina e a humana, muitos têm se desviado de verificar, no Texto Sagrado, o que está afirmado sobre Ele.

 

UM POUCO DA HISTÓRIA SOBRE A POSSIBILIDADE DE JESUS CRISTO PECAR

   Assim como na questão do esvaziamento, a tese sobre a possibilidade de Jesus Cristo pecar ganha força no século 19. O teólogo escocês Edward Irving foi aquele que pela primeira vez expressou esse ponto de vista. Como consequência dessa apaixonada defesa, ele terminou deposto do ministério da Igreja da Escócia em 183345. A afirmação de Irving, ainda que de forma indireta, era de que Jesus Cristo assumira uma natureza humana decaída. Na sua defesa sobre a possibilidade de Cristo pecar, ele afirma enfática e categoricamente que “a Carne de Cristo, como a minha carne, era, em sua própria natureza, mortal, e corruptível”. Mesmo tendo afirmado que a Alma de Cristo “tenha rejeitado o mal”, ao afirmar a igualdade entre a “carne” de Cristo com a de um homem decaído, ele afirmava que Jesus Cristo estava sujeito ao pecado”.

   Neste ponto, salientava que todos devem crer que, apenas por estar plenamente possuída pelo Espírito Santo, é que a “carne” de Cristo não teria pecado. Na mesma linha de pensamento de Irving, outros teólogos que se seguiram defendiam esse ponto a respeito da possibilidade de Jesus Cristo pecar. Entre esses, pode-se destacar o neo-ortodoxo, Karl Barth, que, em 1938, na sua obra Kirkliche Dogmatik, afirma de forma entusiasmada que Cristo assumiu a natureza decaída. Ao afirmar esse ponto, Karl Barth retoma de forma completa a afirmação do teólogo escocês.

 

O ARGUMENTO A FAVOR DE UMA NATUREZA HUMANA DECAÍDA E SUAS CONTRADIÇÕES

   O principal argumento a favor de uma natureza humana decaída de Cristo é a utilização do princípio “o que não é assumido não é curado”. Há que se contextualizar esse argumento. Essa expressão foi usada pela primeira vez, segundo historiadores, na Primeira Carta de Cledônio, de Gregório de Naziano. O que não se pode deixar de pontuar é que esse argumento foi usado para negar a veracidade e a consistência da heresia de Apolinário. Há que se notar que a discussão, naquela Carta, é sobre a mente de Cristo, jamais sua carne. Ele assumiu a mente humana, mas isso, sob hipótese alguma, implicaria em que tenha assumido a natureza decaída. Ele sentia e pensava como homem integralmente. Entretanto, sua natureza não era decaída.

   Desse modo, pode-se notar que o uso de uma afirmação teológica, em resposta a uma heresia, estava sendo usada como fundamento para uma interpretação extravagante sobre a tentação de Jesus Cristo e, como consequência, sua natureza. A fragilidade do argumento está na base do seu uso: Cristo ter a mente humana, pensar como homem, não implicava ter natureza decaída, mas compreender, saber e sentir plenamente como homem sem pecado em Si. Uma outra posição, decorrente dessa, era a de que Cristo deve ter assumido a natureza humana decaída porque essa é a única natureza humana existente. Além do fato de se argumentar que Cristo recebeu a natureza decaída da mãe. No tocante à concepção e ao nascimento, fica muito claro no Evangelho de Lucas que, a despeito da natureza de Maria, o ente que ela conceberia era um “ente Santo”, conforme pode-se verificar em Lucas 1:35.

   Desse modo, segundo esse pensamento, se não for decaído, não é humano. Assim, seguindo esse raciocínio, ser decaído é parte fundamental da definição da natureza humana. O que torna essa afirmação contraditória e equivocada em relação ao que está descrito na Bíblia.

   Quando vemos a narrativa da criação do homem, se a afirmação fosse verdadeira, Adão só teria se tornado homem depois de ter pecado. Isso é um absurdo! Deus teria criado um “ser”, que só se tornara homem depois que pecara contra Ele. A Bíblia, no entanto, é clara: “façamos o homem...”. Na mesma linha de raciocínio, quando da glorificação dos corpos, ausentes de pecado, todos deixariam de ser homens. E aí, seriam o quê? A Palavra é clara no capítulo 15 da Primeira Carta aos Coríntios, sendo destacado o texto abaixo.“E, assim como trouxemos a imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial. Com isto quero dizer, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção”(grifo nosso -1 Coríntios 15:49-50 - NAA)

   Uma outra visão, que está ligada a essas que já foram apresentadas, leva em conta o fato de Jesus ter sido “tentado”. Para os adeptos do pensamento de Edward Irving e para ele próprio, se Cristo não tivesse a natureza humana decaída, Ele não poderia ser tentado. A tentação, se Ele não tivesse natureza decaída, seria uma mera encenação. Nesse ponto, mais uma vez, a subjetividade deixa de lado o que está escrito na Bíblia, levando aqueles que abraçam esse pensamento ao erro e à contradição.

   Antes de se refutar a confusão entre os conceitos que estão inseridos nesse raciocínio errado, que vincula a tentação à natureza decaída, deve-se pensar brevemente sobre a natureza de Adão na criação. Pergunta-se: quando Adão foi criado, ele era decaído? Resposta óbvia, não. Assim que foi criado, ele ainda não tinha pecado. É isso que diz o texto bíblico, conforme podemos verificar no Livro de Gênesis 1:26-28, por exemplo. Assim, o erro daqueles que vinculam a necessidade de ter a natureza decaída para ser tentado é entender como sinônimos os conceitos de “não-decaído” com “não-tentado”. Do mesmo modo que entendem que só pode ser tentado se tiver a natureza decaída. Adão e Eva foram tentados não sendo ainda decaídos, o que já seria sufi ciente para fazer desmoronar o raciocínio de Irving e dos simpatizantes da sua tese.

   Entretanto, é importante ressaltar que Cristo foi tentado e suas tentações foram reais. Ele sofreu de modo real com as tentações, mas resistiu e não pecou. Na sua condição humana, ele sofreu. Porém em um aspecto muito importante, Cristo não era semelhante a um homem qualquer. Cristo jamais foi tentado por algo que estava dentro de Si. Cristo não foi tentado por qualquer concupiscência proveniente do Seu coração. Assim, Cristo nunca foi arrastado por qualquer desejo mal, que, por ventura, habitasse nEle, como diz o apóstolo Tiago a respeito do homem natural decaído, em sua carta, no capítulo 1, verso 14. Se cada um é tentado por sua própria cobiça, Cristo jamais poderia ser tentado no mesmo sentido que o homem decaído.

   Não havia lei de pecado em nenhum de Seus membros. Se houvesse pecado em Cristo, ou seja, se Ele tivesse a natureza decaída, não poderia ser considerado “Cordeiro Santo” e “sem mácula” e, assim, não era possível haver a expiação, perdão dos pecados, reconciliação e salvação. Se ele não fosse Cordeiro Santo, o mundo(Kosmós) não poderia ser livre do pecado, como afirma categoricamente a Palavra de Deus em João, na carta aos Romanos, primeira Carta aos Coríntios e Apocalipse, por exemplo. “No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram... (...)... Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo...(...) ... Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos...” (Romanos 5:12;17;19). “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante” (1 Coríntios 15:45). “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” (Apocalipse 20:14).

   Há que se salientar que “natureza decaída” está diretamente ligada ao pecado contra Deus. Jesus, como último Adão, não pecou contra Deus e, ao mesmo tempo, não poderia trazer em Sua natureza o pecado contra Deus. Afi nal, seria o mesmo que dizer que Deus se encarnou em “natureza pecaminosa” contra Si. Um total absurdo e uma contradição direta à natureza e aos atributos de Deus revelados na Sua Palavra e em Cristo.

 

AS TENTAÇÕES – EM QUE JESUS CRISTO FOI TENTADO, ENTÃO?

   Diante do que já foi exposto, cabe perguntar: Então, afinal, em que Cristo foi tentado? Sobre o que o diabo atuou?53 Em primeiro plano, podemos verificar, na Bíblia, que Jesus sentiu fome, sede, dor, fraqueza física, suou sangue, ficou angustiado, chorou por amor a um amigo morto etc. Essas são evidências da Sua plena humanidade e, desse modo, poderiam gerar uma forte pressão para que Ele pedisse para que fosse poupado do que estava determinado, o caminho da cruz. Esse é um aspecto da tentação sofrida por Cristo. Fato mostrado na sua “oração do Getsêmani”, conforme descrito no Evangelho de Mateus 26:36 44.

   No mesmo momento, no Getsêmani, Cristo se angustiou com a proximidade da cruz e a consequência fatal, que geraria, por um tempo, a ausência de comunhão com o Pai e o pecado que recairia sobre Si, daí o forte clamor e as lágrimas narradas em Hebreus 5:7 e a agonia, que o fi zeram suar gotas de sangue, conforme escrito em Lucas 22:44. Ter tais sentimentos não indicam ou apontam para que Ele possuísse natureza pecaminosa, pelo contrário, afirmam que Cristo foi, de fato, tentado. Suas tentações foram reais.

   Em segundo lugar, mas não menos importante, Cristo podia ser tentado na Sua condição de Filho. Nesse sentido, pode-se verificar que as “tentações no deserto”, de acordo com o que está escrito no Evangelho de Mateus, no capítulo 4:1-11 e demais textos paralelos, estavam centradas em fazê-lO questionar essa condição. O tentador não conseguia ver, em Jesus Cristo, as condições externas daquilo que se costumava apontar na vida d’Aquele que viria, o Messias, pois Jesus Cristo não tinha um Reino. Ao mesmo tempo, mas em sentido oposto, as tentações no deserto tentavam empurrar Jesus Cristo para a “ostentação” de poder que tinha como Verbo Eterno.

   É importante ressaltar que esses dois aspectos da tentação no deserto tinham por propósito fazer Jesus pecar: seja por desacreditar na Sua comunhão com o Pai e condição de Filho; seja por impor com poder e força Sua condição de Filho Eterno, negando e rejeitando o propósito do Pai para Ele, que era a Sua auto-renúncia e encarnação como homem e servo. Assim, as tentações no deserto visavam, por um lado, à negação de ser o Verbo Eterno, o Deus Filho. Por outro lado, visavam à da encarnação como homem, servo, negando o propósito de ser o “cordeiro santo”, que deveria morrer no lugar do pecador arrependido. Negar qualquer dessas condições, Sua natureza divina ou Sua encarnação plena e real, significava pecar contra Deus Pai. Jesus Cristo não pecou.

   Assim, pode-se verificar que Aquele que é sem pecado e com natureza não-decaída foi tentado plenamente por meio da Sua auto-renúncia. Este é o ponto essencial: na encarnação, Cristo assumiu a natureza humana e, na condição de homem, foi obediente até a morte e morte de cruz, conforme Filipenses 2:5-11. Na primeira tentação, o diabo atuou no ponto em que Ele, por fome e necessidade, poderia afastar-Se do homem com quem ele havia Se identificado na encarnação. Ao usar o Seu poder, Cristo negaria a Sua encarnação, como já foi explicado anteriormente. Essa foi uma tentação semelhante à que sofreu ao receber do Apóstolo Pedro a declaração de que ele não sofreria. A resposta de Cristo foi imediata: ”afasta-te de mim, Satanás!” (Mateus 16:23).

   Assim, longe de ter sido uma luta breve, ao longo de toda a Sua encarnação, Jesus Cristo sofreu afronta e tentação sobre a Sua condição de Filho de Deus, Filho do Homem e do Seu papel e propósito no Plano do Deus Pai. No Getsêmani, a possibilidade de afastamento do amor e da iminência de Se tornar anátema, ao receber o pecado sobre Si, fê-lo suar sangue, como já foi dito. E, por fi m, há que se ter em mente que, mesmo nos Seus últimos momentos antes da morte na cruz, foi afrontado na Sua condição de Filho Eterno e na Sua comunhão com o Pai, conforme pode-se verificar nas afirmações relatadas nos Evangelhos de Marcos e Mateus, conforme transcrito abaixo. “Salva te a ti mesmo, e desce da cruz” (Marcos 15:30); “O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam” (Marcos 15:32); “E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz” (Mateus 27:40); “Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele” (Mateus 27:42a).

   O inimigo atuou em afronta à Sua condição de Filho Eterno e Verbo Encarnado, sendo vencido por Jesus de forma definitiva. O “príncipe deste mundo” não tinha qualquer influência sobre Ele, conforme podemos confirmar no Evangelho de João 14:30. “Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim” (João 14:30).

 

Leia também alguns artigos relacionados:

As bênçãos da justificação
Comentário da lição
Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda...
Não há um justo sequer
Comentário da lição
Pois quê?Texto de EstudoPois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma,...

JESUS CRISTO SERIA CAPAZ DE PECAR?

   Diante do que já foi exposto, pode-se perguntar: como expressar a impecabilidade de Jesus Cristo? Pode-se resumir afirmando que Ele era capaz de não pecar? Ou de um outro modo, pode-se afirmar que Ele não era capaz de pecar? Ainda que possa parecer um mero jogo de palavras, na verdade essas duas perguntas são a chave para se entender a condição do primeiro homem Adão e a do “Último Adão”, Jesus Cristo. A primeira pergunta diz respeito direta e exclusivamente ao homem criado, Adão. Em Gênesis 1:31, está claro que o que Deus criara era muito bom e esse homem tinha a liberdade e a capacidade de fazer o que era bom, mas essa era uma condição que podia se modificar, pois ele poderia decair dessa condição, como, de fato, o fez.

   A segunda pergunta aponta para a condição de Jesus Cristo, o “último Adão”, do qual o primeiro foi uma figura (Romanos 5:14), pois encarnado em natureza não-decaída, diante dos Seus atributos de santidade, obediência, perseverança e total comunhão com o Pai, de Sua natureza divina, era incapaz de pecar. Cristo não poderia desejar pecar, pois iria contra a Sua natureza divina. Desse modo, os Seus atributos absolutos de santidade, amor, obediência e perseverança, bem como a Sua natureza divina, tornavam impossível a possibilidade de desejar pecar. Entretanto, essa condição não o livrou de ser tentado pelo inimigo como foi.

   Segundo Berkoff,

“Atribuímos a Cristo não somente integridade natural, mas também moral, ou perfeição moral, isto é, impecabilidade. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado (potuit non peccare), e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar (non potuitpeccare), devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A impecabilidade de Cristo foi negada por Martineau, Irving, Menken, Holsten e Pfl eiderer, mas a Bíblia dá claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lucas 1:35; João 8:46; 14.30; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 4:15; 9.14; 1 Pedro 2:22; 1 João 3:5. 2.   

   Por fim, podemos apontar que o próprio Senhor Jesus afirma claramente que não havia pecado e jamais pecaria, quando pergunta: ”Quem dentre vós me convence do pecado?” (João 8:46). Nesse ponto, Ele está afirmando de forma clara e definitiva que ninguém poderia apontar pecado n´Ele, tampouco impor qualquer condição que o levasse a pecar.

 

CONCLUSÃO

   Não há outra conclusão senão a que já foi exposta anteriormente: Jesus Cristo não pecou e jamais pecaria! A Bíblia é o testemunho real dessa condição e realidade. Entretanto faz-se necessário relembrar sempre que, a despeito de ser impossível para Cristo pecar, Ele foi tentado real e fortemente em um nível jamais experimentado por qualquer homem. Nessa condição, exerceu a obediência, a comunhão e a perseverança, e, nas tentações, usou das armas que estão disponíveis para todos: a companhia dos seus irmãos(Marcos 14:33-34), a Palavra de Deus (Mateus 4:4) e a oração(Marcos 14:35). 

 

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE

 

1. Jesus Cristo, enquanto homem, possuía natureza decaída?

R.

 

2. Jesus Cristo foi tentado?

R.

 

3. Em que o inimigo atuou ao tentar Jesus Cristo?

R.

 

4. Jesus Cristo pecou? E Ele poderia pecar?

R.

 

5. Qual a diferença entre Adão e Jesus cristo?

R.

 

6. Que armas Jesus usou, ao longo de sua vida, para vencer as tentações?

R.

Leia também alguns artigos relacionados:

Prefácio aos romanos
Comentário da lição
PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.Texto...
A vida guiada pelo Espírito
Comentário da lição
Texto de Estudo Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus...