Banner da lição da escola bíblica vigentePara se se ter uma vida espiritual saudável, a busca diária através da oração e da leitura bíblica não é algo opcional. Se quisermos permanecer de pé espiritualmente, mesmo sendo bombardeados todos os dias pelo inferno e todos os tipos de tentações, é imprescindível buscar na fonte eterna, que é Cristo Jesus, forças para cada dia de batalha. Cada cidadão do Reino de Jesus deve tomar sua carne, suas vontades e lançar-se de vez, sem olhar as circunstâncias adversas.

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  E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco.    

Atos dos Apóstolos 1:10 

  Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.    

Atos dos Apóstolos 1:11 

INTRODUÇÃO

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   Amada Igreja, durante todo este trimestre temos estudado sobre a pessoa de Jesus Cristo, conhecido na fé cristã, como Deus, o Filho ou, ainda, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Messias prometido, enfim, Emanuel – Deus conosco. Nesta última lição estudaremos sobre a Volta do Rei. Temos proclamado incansavelmente que, para alguns estudiosos da Bíblia e, principalmente, deste tema, da Volta do Rei, a saber, a Segunda Vinda de Jesus Cristo, tem sido “a expectação coroante, a estrela d’alva, do povo de Deus desde que a promessa de Sua vinda lhes foi comunicada”. De fato, esta promessa tem animado os fi éis de Deus, dando-lhes fortalecimento e encorajamento nos dias mais difíceis e nas horas mais escuras. Escrevemos em outro manual de estudos bíblicos, e aqui reiteramos, que a Igreja Batista do Sétimo Dia, desde os seus primórdios na Inglaterra (1650), adotou a Bíblia como única regra de fé e prática. E, desse Livro Sagrado, tem extraído e proclamado com vigor, dentre outras, a alentadora mensagem da Segunda Vinda de Jesus Cristo ao mundo. Nessa moldura, afigura-se muito oportuno iniciarmos este estudo com a declaração de fé batista do sétimo dia. Eis pois:

   Nossa declaração: “Nós, Batistas do Sétimo Dia, cremos, pregamos e ensinamos a doutrina da Segunda Vinda de Cristo, em glória e majestade. Comprometidos com a Bíblia, nela alicerçados e em sintonia com suas revelações proféticas, entendemos que nenhum ser humano (homem ou mulher), ou Igreja, ou mesmo um anjo, têm autorização divina para marcar data para este extraordinário e apoteótico evento. O Senhor Jesus deixou no Livro Santo os sinais indicativos da proximidade da Sua Vinda. A volta de Jesus a esta Terra é real, visível e corpórea. ‘Todo olho O verá’. Cremos, ademais, que o sistema do mal (pecado) será definitivamente banido do Universo. Cremos, enfim, que por ocasião desse tão sonhado e esperado evento, a Igreja do Senhor conhecerá o seu final e glorioso triunfo”.

   Cremos e proclamamos esta verdade porque o próprio Senhor Jesus Cristo prometeu aos Seus discípulos que viria outra vez a este mundo. A promessa é reiterada pelos anjos por ocasião da ascensão do Senhor Jesus ao céu. Aqui não há margem para confusão. O texto explícito é: “Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, virá do mesmo modo como para o céu o viste subir”. Para facilitar a compreensão do estudo desta semana, dividimos nossa abordagem em quatro tópicos, a saber: (i) “Parousia”, o que é?; (ii) Um retorno visível; (iii) Um retorno pessoal; e (iv) Um retorno iminente. Como coroação das boas novas da Salvação, o próprio Senhor Jesus Cristo e, na sequência, os Seus apóstolos, trataram de incutir nos corações e mentes dos primeiros cristãos a realidade da vinda de Cristo e sua iminência como um estimulante à vida piedosa e serviço fiel.

 

“PAROUSIA”. O QUE É?

   Os especialistas em Teologia do Novo Testamento confirmam, à unanimidade, que a palavra grega “parousia” expressa o sentido de presença ou vinda. Tivemos o cuidado e a preocupação de apontar, na lição que se ocupou de comentar a Declaração de Fé Batista do Sétimo Dia, que consoante registros nos papiros, o vocábulo “parousia” era rotineiramente usado para denotar a presença ou chegada de um rei, imperador ou, enfim, um governante. Esta expressão, no Novo Testamento, passou a expressar a Segunda Vinda de Cristo. Logo ingressou na igreja cristã primitiva (período apostólico), ou seja, no Novo Testamento, bem assim na igreja do período imediatamente pós-apostólico (após o ano 100 a.D., quando já havia morrido João, o último apóstolo), com o intuito de designar a presença real e visível (no sentido de segunda vinda) de Cristo novamente à Terra invisível. (...).

   Aliás, não é por outra razão que o autor da Epístola aos Hebreus, divinamente inspirado, alertou: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9:28). Ademais, o texto inspirado de Apocalipse 1:7 com insofismável clareza, diz-nos que “todo o olho O verá”. Ora, aqui não cabem interpretações mal ajambradas e descompromissadas com a verdade como, por exemplo, ensinam as ¨Testemunhas de Jeová¨, no sentido de que a correta compreensão do texto nos leva a entender que a sua referência é aos olhos da fé ou, ainda, olhos do entendimento. Nada mais falacioso e insustentável à luz da Revelação das Santas Escrituras. E isso porque a expressão “nuvens do céu”, consoante a esmagadora hermenêutica bíblica, está associada a uma “teofania”87, vale dizer, simboliza a presença visível de Deus.

 

UM RETORNO VISÍVEL

   Conveniente, nesse passo, buscar socorro na respeitada cátedra do Pastor e Professor Dr. Frederick F. Bruce que, ao comentar o texto básico de Atos dos Apóstolos 1:10 e 11, anotou: “Foi da boa vontade do Senhor que o Seu ministério na terra tivesse um final definido e visível como cumprimento de João 16:28: ‘Eu vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai’. Lucas 24:50 e Atos dos Apóstolos 1:12 estabelecem o lugar como sendo o Monte das Oliveiras, próximo de Betânia — um lugar reverenciado por tantas lembranças. O corpo da ressurreição do nosso Senhor foi elevado à vista dos olhos dos discípulos até que uma nuvem — provavelmente um fenômeno celestial, a nuvem que envolve a presença divina (cf. Lucas 9:34 e 35) — o retirou da vista deles. Além de marcar o final do ministério de Cristo na terra, a ascensão inaugurou a Sua posição à direita de Deus (Atos dos Apóstolos 2:36; 5:31; Romanos 8:34; Hebreus 1:3 e 1 Pedro 3:22) e coincidiu com a glorificação, sem a qual o Espírito Santo não podia ser enviado.

   Os homens de branco certamente eram mensageiros angelicais enviados para advertir os discípulos contra o desejo sentimentalista pelos dias maravilhosos da comunhão com o Mestre na terra e para encorajá-los por meio da predição da volta pessoal e visível do Senhor, ‘da mesma forma que o viram subir’”.  Outra vez nos reportamos ao estudo explanado no Manual que comenta a Declaração de Fé Batista do Sétimo Dia. Nele, socorrendo-se do magistério do Pastor Wiersbe, consta que no texto do Evangelho de Mateus, cap. 24, o Salvador Jesus, atendendo às indagações dos discípulos, traça um panorama das condições do mundo no período que antecede a Sua Segunda Vinda. Cumpre-nos ressaltar, e isso de forma reiterativa, que o tema bíblico da Volta do Rei ou da Segunda Vinda de Cristo, está revelado como sendo um evento visível.

   Sendo assim, com base nas Escrituras Sagradas, praticando uma exegese saudável e honesta, podemos afirmar em alto e bom som que a Volta do Rei será visível e corpórea. Portanto com a maior clareza possível, com absoluto respaldo bíblico e acadêmico, discordamos de todos aqueles que ensinam a volta invisível de Jesus. Julgamos oportuno, nesse passo, um esclarecimento sobre a tradução falaciosa e tendenciosa do texto de Mateus 24:3 feita pelos amigos da Sociedade Torre de Vigia, mais conhecidos entre nós como ¨Testemunhas de Jeová¨. Leiamos, primeiramente, a versão Almeida, Revista e Atualizada. “No Monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas cousas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”.

   Já o texto vertido pela tradução Novo Mundo, dos ¨Testemunhas de Jeová¨, sem o grifo no original, está assim lançado: “Enquanto estava sentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se dEle os discípulos, em particular, dizendo: ‘Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal que haverá da Tua presença e da terminação do sistema de coisas’?” (grifei). Bem é de se ver, o vocábulo “parousia” foi traduzido pela expressão “presença”. Consideramos tendenciosa tal tradução, visto que ela se afeiçoa à possibilidade de ser interpretada como uma mera manifestação invisível da Volta do Rei Jesus Cristo. E não é isso o que a Bíblia ensina. Conquanto este autor reconheça que a esmagadora maioria dos irmãos não estudou, nem vai estudar a língua do Novo Testamento, o idioma grego, ainda assim, pede-se a permissão e a paciência dos irmãos para apresentar este texto de Mat. 24:3 na forma interlinear, isto é, grego transliterado e português. Eis, pois:

“Katheménou dé autou epi tou orous tón Estando sentado pois ali em o Monte das Elaion prosêlthon auto oi mathetai kat Oliveiras aproximaram-se dEle os discípulos em idian legontes Eipe hemin, pote tauta estai, particular pediram dize nos quando isto será kai ti to semeion tês sês parousias kai sunteléias e qual o sinal da tua vinda e fi m tou aionos. do tempo?

   Nesse cenário, convém lembrar que alguns movimentos religiosos no mundo, especialmente os Milleritas (Movimento do Advento ou adventista, encabeçado por William Miller) e os Russelitas (Testemunhas de Jeová, sob o comando de Charles Russel), ambos nos USA, marcaram data para a Volta de Cristo. Obviamente, Cristo não retornou em 1844, como predicaram aqueles, nem em 1975 (e/ou 1914, 1925 e 1975), como proclamaram estes. Os adventistas (entenda-se aqui, os membros do Movimento do Advento, eis que ainda não existia a Igreja organizada) tiveram o cuidado de rever suas convicções doutrinárias e, então, construíram a doutrina do Santuário Celestial, da qual discordamos, mas, aqui, não será objeto deste estudo. 

   Os da Torre de Vigia, simplesmente arranjaram uma “teologia” (?) esdrúxula e mal ajambrada, insistindo no ensino de que o Senhor Jesus retornou, sim, nas datas marcadas (houve remarcação), mas, Sua presença só foi percebida pelos olhos da fé. Estes afirmam que Cristo já veio de forma invisível e está em New York, implantou um governo teocrático e está dirigindo a Organização Teocrática Torre de Vigia, com sede no Brooklin, USA. É relevante para nós, batistas do sétimo dia, as informações acima cravadas? Se, sim, por quê? A resposta é SIM. E a motivação da resposta positiva tem o propósito de informar à irmandade que tudo isso (a afirmação de que Jesus já retornou a este mundo) parte da tradução equivocada do vocábulo grego “parousia” pela expressão “presença”. Todos os eruditos em Teologia do Novo Testamento denunciam esta tradução arranjada por C. Russel, em 1871, como sendo fraudulenta.

   Mostra-se de bom alvitre nos socorrermos da cátedra do ( já falecido) Prof. Arnaldo B. Christianini, quando, à propósito, prelecionou: “A legítima exegese bíblica é natural, sincera, imparcial, sem ater-se a esquemas pré-fabricados, e o contexto, em muitos casos, DETERMINA o exato pensamento do escritor sacro. Dentro de uns poucos contextos talvez seja admissível que “parousia” tenha o sentido de “presença”, mas nunca “presença invisível”! Nenhum erudito ou tradutor de renome jamais sustentou a tradução que signifi que presença invisível. Concluirse que “presença”, mesmo admitindo-se em certos contextos, implique necessariamente invisibilidade é crasso engano. Por exemplo:

                    TRADUÇÃO NOVO MUNDO                                    TRADUÇÃO CORRETA (ARA)

Cor. 16:I 17 – ‘Mas eu me alegro com a presença de Estéfanas, e de Fortunato e Acaíco, porque compensaram a vossa ausência aqui’.I Cor. 16:17 – ‘Alegro-me com a vinda de Estéfanas, e de Fortunato e de Acaico, porque estes supriram o que da vossa parte faltava’.
II Cor. 7:6 – ‘Não obstante, Deus que consola os abatidos, consolou-nos com a presença de Tito’.II Cor. 7:6 – ‘Porém, Deus que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito’.

 

   As chamadas “Testemunhas de Jeová”, para não darem o braço a torcer, verteram por “presença” a palavra “parousia” nos passos acima, mas em pura perda. Estariam Estéfanas, Fortunato, Acaíco e Tito invisíveis com sua presença? Não é mais curial traduzir-se por vinda e chegada? Seria admissível que em Fl 1:26 e 2:12 a presença do próprio Paulo se deva entender como invisível?”.

   Por último, especificamente neste tópico, referente ao texto bíblico de Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. (...). Certamente. Amém.”, reconheço ser oportuno se transcreva a nota do Instituto Cristão de Pesquisas — ICP — que, sem grifos no original, pondera: “Testemunhas de Jeová. Argumentam que, assim como um avião é invisível aos olhos humanos quando voa por sobre as nuvens, à semelhança da assunção de Cristo, a segunda vinda de Jesus também será invisível, porque este evento se dará entre nuvens. Alegam, ainda, que somente aqueles que possuem os ‘olhos do entendimento’ estão em condições de perceber a vinda de Jesus, já procedida em 1914.

   RESPOSTA APOLOGÉTICA: Este versículo deixa claro que ‘todo olho o verá’ e, neste contexto, não há exceção, todos hão de ver, até mesmo aqueles que não aderiram à fé em Cristo, considerando que a expressão grega para ‘ver’ é ‘horao’, cujo significado, literalmente, é: ‘ver com os olhos’. Assim, fi ca claro que, aqui, a forma de visão destacada é física e não espiritual, pois será um acontecimento visível a todos os seres viventes, o que descarta a tese dos ‘olhos do entendimento’ (Mat. 24:30)”.

 

UM RETORNO PESSOAL

   Nunca percamos de vista a convicção de que o retorno do Senhor Jesus a este mundo é certo. Ele prometeu. Ele é fi el. Ele voltará. A pergunta que cada crente em Cristo Jesus deve fazer, é: estou pronto para o encontro com o Senhor? Li, algures, que certa feita Martinho Lutero escreveu que deveríamos fazer planejamento de vida, como se Cristo fosse demorar 1000 anos para voltar e estar preparados como se Ele fosse voltar hoje. Esta assertiva é absolutamente verdadeira e carregada de profunda lição para a reflexão de cada salvo em Cristo. Estejamos, pois, alertas para que as preocupações do dia a dia, suas agitações e desafios constantes não nos absorvam a tal ponto que venhamos a negligenciar nossa comunhão com o Senhor.

   Aliás, não é ocioso recordar que a Volta do Senhor Jesus Cristo é pessoal. O que significa essa “pessoalidade”? Conquanto possa aparentar exagerado simplismo, ousamos afirmar que o Senhor virá para buscar todos os salvos e cada um dos salvos. Extrai-se, pois, daí, um aspecto coletivo na “parousia”, mas também uma caraterística particular, individual, enfim, pessoal. Por esta razão, torna-se premente a consciência de que “(...) aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o Juízo” (Hebreus 9:27). Logo, inafastável a convicção de que, para aqueles que são chamados para a eternidade, naquele exato momento do desfecho desta vida, terão cessado todas as oportunidades para a reconciliação com Deus. Bem por isso, a Bíblia proclama: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova” (Hebreus 3:7-9).

   Concordamos com o Pastor Billy Graham quando afirmou que “a esperança cristã se baseia em dois mundos — este e o próximo. Quando se tem em vista esses dois mundos, achamo-nos adequadamente preparados para uma vida plena aqui. O cristão possui a esperança de uma vida de alegria, paz e amor ao próximo em meio a um mundo de dificuldades, a esperança de melhores condições de vida como resultado da influência cristã em qualquer sociedade ou coletividade. A grande e suprema esperança do cristão, no entanto, acha-se no mundo que virá. É verdade que uma pessoa não se acha preparada para viver, enquanto não estiver preparada para morrer”.

 

UM RETORNO IMINENTE

   Por último, ao tratar do Retorno Iminente, não se pode passar ao largo dos múltiplos sinais que estão a anunciar que em breve Jesus voltará. Somos agraciados com a certeza de que, desde a Criação, todas as ações interventivas de Deus nos destinos da humanidade foram, primeiramente, divulgadas de forma exaustiva. Assim, ninguém pode alegar surpresa ou desconhecimento. Nesse passo, o texto de Amós 3:7 é de solar clareza, quando proclama: “Certamente o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.

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   Ora, no que concerne ao tema da Volta do Rei, a Bíblia está repleta de sinais indicativos da proximidade deste majestoso evento. À luz das Escrituras Sagradas, uma das maiores evidências do retorno do Senhor Jesus é o esfriamento da fé e do amor na vida das pessoas. Não estamos, com isso, fazendo alusão a qualquer novidade. Os diferentes veículos de comunicação nos tornam sufi cientemente conscientizados do crescente desamor e do alarmante aumento da criminalidade, em suas mais variadas nuanças. Jesus profetizou que nos dias fi nais haveria angústia e perplexidade entre as nações (Lucas 21:25).

   Decerto, estar angustiado pode significar um estado de forte pressão mental e/ou emocional. Quem está livre dessas mazelas? Alguns, em acentuado desespero, chegam à resignada conclusão do filósofo existencialista francês, Jean-Paul Sartre: “Não há saída”. Todavia, para o salvos, Cristo é a única esperança! Não pretendemos gastar tempo com detalhamento da situação moral atual do Brasil e do mundo, mas há desmedido aumento da traição, da vilania, da frouxidão moral, da corrupção político-administrativa nas três esferas de Poder da República e, enfim, da apostasia da verdadeira fé (as modernas religiões evangélicas se tornaram empresas lucrativas, meios de negócio e não agências de Salvação). Temos de concordar com o Pastor Hernandes Dias Lopes quando, ao tratar da Segunda Vinda, afirma:

“ A Segunda Vinda coloca ponto fi nal na história e fecha a porta da oportunidade para os homens. Não haverá segunda chamada. Não haverá novas oportunidades depois que o Noivo chegar. A porta será fechada e quem não tiver azeite em suas lâmpadas e não estiver trajando as vestimentas da justiça de Cristo não terá acesso à sala do banquete.

Nós devemos estar atentos aos sinais da segunda vinda de Cristo. Não podemos desprezar as profecias. Não podemos ser insensatos e fechar os olhos ao que acontece à nossa volta. As profecias estão se cumprindo. O Rei da glória breve virá. Em breve a trombeta de Deus soará. Em breve o Senhor dos senhores surgirá nas nuvens com grande poder e glória, acompanhado pelos santos e por um séquito de anjos. Naquele dia Ele matará o anticristo com o sopro da Sua boca e colocará todos os Seus inimigos debaixo dos Seus pés. Naquele dia a grande meretriz cairá, a Babilônia perversa, que se embebedou com o sangue dos mártires. Naquele dia serão lançados no lago de fogo o anticristo, o falso profeta, o dragão, a morte e o inferno e todos aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida”.

   Descabido aqui o uso de meias-palavras. A Palavra do Senhor revela que, conquanto naquele grande dia os homens que recusaram a graciosa oferta do perdão, clamem pela misericórdia de Deus, não a acharão, pois será tarde demais. Os homens ímpios procurarão a Deus, mas não O acharão. Estamos alertas aos sinais diários que nos são apresentados?

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

   Antes de encerrarmos estas reflexões, necessitamos alertar que o dia da Vinda de Jesus será de muita treva e desespero para aqueles que, obstinada e levianamente, recusaram a oferta do perdão e salvação. Concluindo, atentemos para esta história ocorrida nos Estados Unidos da América, narrada por Billy Graham. Ei-la: “Quando era jovem, o Juiz Warren Candler advogava, e um de seus clientes foi acusado de assassinato. O jovem advogado fez tudo quanto pôde para eximi-lo da acusação. Havia algumas circunstâncias atenuantes, e ele se valeu delas tanto quanto foi possível diante do júri. Além disso, achavam-se presentes no Tribunal os idosos progenitores do acusado e o jovem advogado apelou para os sentimentos e emoções dos jurados, fazendo frequentes referências àquele casal idoso e temente a Deus.

   A seu tempo, os jurados se retiraram para decidir, e tendo alcançado um veredicto voltaram a seus postos. O veredicto era de inocência para o acusado, e o jovem defensor, que também era cristão, teve uma conversa muito séria com o cliente, a quem preveniu para que se mantivesse fora dos maus caminhos e confi asse no poder de Deus a fi m de se manter em trilha certa. Passaram-se os anos, e novamente o homem foi levado à barra do Tribunal, também sob a acusação de homicídio. O advogado que o defendera no primeiro julgamento achava-se, dessa feita, no lugar de Juiz, e à conclusão dos trabalhos os jurados apresentaram o veredicto — ‘CULPADO’. Ordenando que o condenado se pusesse em pé para ouvir a sentença, o Juiz Candler disse: ‘— Em seu primeiro julgamento, fui seu advogado; hoje, sou seu Juiz. O veredicto dos jurados torna obrigatório que o condene à forca’”.

   Amada Igreja, precisamos ter em mente e comunicar ao mundo que, hoje, Cristo Jesus é nosso advogado, nosso Salvador que deseja nos perdoar e limpar de todo pecado. Entretanto, quando o Rei voltar, não mais será o advogado, o defensor, mas, sim, Juiz. A Bíblia nos faz crer que os despreparados para o grande dia tentarão fugir e se esconder da presença “d’Aquele cujos olhos são como chamas de fogo”, mas não encontrarão lugar. Desejarão a morte, mas ela fugirá deles.

   Concordamos com o Pastor Lopes quando advertiu:

“Precisamos nos preparar para esse glorioso dia. Ele virá como ladrão de noite. A segunda vinda de Cristo apanhará a muitos de surpresa. Os homens estão vivendo despercebidamente como a geração que foi destruída pelo dilúvio e como as cidades de Sodoma e Gomorra que foram varridas do mapa pelo juízo divino. Agora é hora de se preparar. Agora é o tempo oportuno de corrermos para Deus e nos rendermos ao Seu Filho. Hoje é o dia da Salvação. Hoje é o dia oportuno para reconciliar-se com Deus”.

 

   A oração da Direção Geral desta IBSD é no sentido de nos mantermos firmes no Caminho do Céu. Sendo assim, para nós, os remidos — os resgatados do Senhor — o dia da volta do Rei será dia de muita alegria! Sim, nesse tão glorioso dia, os salvos mortos ressurgirão para a ressurreição da vida! Teremos corpos gloriosos, incorruptíveis e imortais. Ocorrida esta transformação, seremos arrebatados para viver sempre com Jesus! Povo de Deus, a despeito das lutas, provações e duras dificuldades pelas quais estejamos passando, não nos desanimemos, porquanto é certa a vinda do Senhor! Proponho que encerremos nosso estudo entoando o hino conhecidíssimo do mundo batista em geral, cuja letra é fruto da inspiração de uma irmã batista do sétimo dia — irmã Julia W. Howe. Ei-la:

“Já refulge a glória eterna de Jesus, o Rei dos reis;

Breve os reinos desta mundo seguirão as suas leis!

Os sinais da sua vinda mais se mostram cada vez.

Vencendo vem Jesus!

Glória, glória! Aleluia! Glória, glória! Aleluia!

Glória, glória! Aleluia” Vencendo vem Jesus!”

 

QUESTÕES PARA REFLEXÃO EM CL ASSE

À luz das explicações teóricas e gramaticais sobre o vocábulo grego “parousia”, aponte as bases bíblicas para afiarmos que a Volta de Jesus será real, corpórea e visível.

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2. Em que sentido você entende que a Volta de Jesus será pessoal?

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3. Com base nos fundamentos desenvolvidos no item nº 3 deste estudo, refute o ensino de algumas teologias (ditas cristãs) de que a palavra “parousia”, do Novo Testamento grego, possa ser traduzida por presença invisível. Faça um estudo comparativo com os textos bíblicos indicados.

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4. Qual a sua compreensão sobre os sinais da Volta de Cristo? Compartilhe e discuta com a Igreja (ou o grupo ou a classe de estudos) as condições morais, políticas, econômicas, sociais e espirituais do mundo atual e descubra sua vinculação aos sinais de que Jesus em breve virá.

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