8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. 9 Do pecado, porque não crêem em mim; 10 Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; 11 E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.    

João 16:8-11

 

INTRODUÇÃO

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   Procurar conhecer de forma mais intensa e profunda a ação (ou ações) do Espírito Santo tem sido primordial e acompanha a história da humanidade desde a origem da mesma. Estudar a esse respeito, infelizmente, acaba por se resumir tão somente sobre seus dons presentes na Igreja, não que esteja de todo errado, mas digo no sentido de que parece que nada mais importa, desde que haja “manifestações miraculosas”, está tudo bem, e isso compromete nosso crescimento, e nossa compreensão fica limitada, reduzida.

   Então se faz necessário entender a atuação do Espírito Santo como um todo, e a partir daí perceber que Ele age em todo tempo e em todos os aspectos da vida cristã, e na presente lição avançaremos um pouco mais nessa busca e veremos Sua atuação na salvação do indivíduo, como todo assunto que diz respeito ao agir de Deus, esse é extenso, profundo, além de nosso entendimento limitado, por isso não temos a pretensão de esgotá-lo aqui, mas apenas laçar luz sobre ele, na esperança de que o mesmo ajude a todos a crescerem na fé e em sua experiência com o Senhor, e na certeza de que um dia nosso conhecimento “parcial” dará lugar ao “conhecimento pleno” na ocasião da volta de Jesus e da consumação de todas as coisas. 

 

POR QUE O ESPÍRITO SANTO ATUA?

   No Evangelho de João, aprendemos que o “direito de ser filho de Deus” (Jo. 1:12) é um privilégio apenas dos que creem em Jesus tal como esse Evangelho o apresenta, e que esse processo de “receber ", “crer” e “nascer” não ocorre da mesma forma que o nascimento “natural”, oriundo da conjunção carnal entre um homem e uma mulher. O crer em Jesus como sendo o Messias, o Salvador enviado por Deus, é o requisito básico para a entrada na vida eterna, como se pode ver em vários textos bíblicos, como por exemplo, João 3:16; João 3:36 João 6:47 Atos dos Apóstolos 16:30-31, 1 João 5:10-13, João 5:24 Marcos 16:15-16, Romanos 10:9. Uma análise (mesmo que superficial) dos textos citados, dá-nos conta de que não pode haver salvação dissociada do “crer”.

   Independente de como tomaremos o significado dessa palavra, o fato é que “crer” é uma exigência bíblica, necessária e indispensável para a salvação, ainda é oportuno acrescentar a isso o comentário que Champlin apresenta a esse respeito, afirma ele sobre a incredulidade: “O pecado da incredulidade, pois, não é apenas um pecado a mais, entre uma grande multidão de outros pecados, mas é antes o alicerce de todo o pecado, a atitude de rebelião que gera todos os demais pecados. Pois aquele que permanece na incredulidade fica sem regeneração, posto ser a fé a progenitora da regeneração; através da regeneração vem a transformação do ser do crente segundo a imagem divina”. Assim, reafirma-se a importância e necessidade do “crer”, bem como o ensino constante sobre suas implicações para a vida cristã em todo seu desenvolvimento. Mas qual a relação disso com o assunto aqui discutido? Vejamos a seguir.

   Embora se esclareça sobre a necessidade de “crer”, existe o fato de que, desde a época de Jesus, passando pelos apóstolos e todas as eras da Igreja até nossos dias, não são todos que prontamente recebem a mensagem do Evangelho, e muitos, mesmo que se tornem seus “simpatizantes” não chegam ao estágio do arrependimento, não há uma decisão de fé, consequentemente e em termos práticos, rejeitam a Palavra de Deus, ao seu Cristo, e por fim, a vida eterna. Essa realidade pode levar muitos missionários e pregadores do Evangelho a um sentimento de “frustração”, pois sabedores que o “Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16) e que “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (João 3:36).

   Precisam lidar com a triste realidade, por mais que o Evangelho seja “poder de Deus”, e que sua mensagem tem uma proposta de vida que vai além da presente existência, somando ao fato de que essa vida, e todas as bênçãos provenientes dela são oferecidas gratuitamente por Deus, há pessoas que ainda a rejeitam, mas, por que essa dificuldade em aceitar algo bom e que só trás benefícios? A resposta a essa pergunta reside no fato de que “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus" (2 Coríntios 4:4). Assim obtemos resposta para a indagação inicial: ”Por que o Espírito Santo atua”?, ou seja, “porque se faz necessário Sua atuação nesse processo de salvação”?

   O homem natural, não pode por si mesmo ser despertado em relação ao seu estado de pecado e alienação de Deus, primeiro porque isso está além de sua compreensão humana, por mais evoluído e estudioso a respeito de todas as questões antropológicas, humanistas, sociológicas; e de todos os aspectos do relacionamento humano, este não conseguirá compreender as dimensões espirituais em um universo que está fora de seu alcance, pois uma vez que o pecado afeta diretamente a Deus, por si mesmo, o homem será incapaz de compreender o desdobramento de sua condição pecaminosa. Em segundo lugar, existe uma interferência maligna impedindo que o homem possa ter discernimento e percepções claras da realidade espiritual, trazendo “cegueira” mental e confusão.

   Assim, como já exposto acima, existe uma barreira que não pode ser rompida apenas pela força mental, é necessário um despertar da consciência, uma atuação direta do Espírito Santo na mente do indivíduo, levando-o a perceber-se como pecador e falho diante de Deus, bem como sua necessidade de um Salvador. Devido a sua cegueira espiritual, faz-se necessária essa interferência. Em resumo, pode-se pontuar da seguinte maneira em resposta a pergunta do tema: “Porque o Espírito Santo atua?”

(1). O homem natural não consegue compreender a realidade do mundo espiritual,

(2). De alguma maneira, o diabo (príncipe deste mundo) trouxe cegueira e impedimento para que o homem não creia,

(3). Nesse terceiro ponto se faz pertinente o que Bily Graham comenta sobre a atuação do Espírito Santo quando em sua obra, “O Poder do Espírito Santo”, conforme segue:

   “Só o Espírito Santo pode abrir os nossos olhos. Só Ele pode nos convencer da profundidade do nosso pecado, e somente Ele pode nos convencer da veracidade do evangelho”. Cabe ao Espírito santo o papel de convencer o homem, porque ele alcança tanto a profundeza do coração do homem quanto a mente do próprio Deus, “...o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (1 Coríntios 2:10-11). Além de ter o poder de penetrar na alma humana, o Espírito Santo foi enviado com essa função, de convencer o homem, quanto aos meios que ele utiliza, veremos a seguir.

 

COMO O ESPÍRITO SANTO ATUA?

 

O Espírito Santo atua das mais variadas maneiras e Se utiliza dos mais diversos meios para isso, nas palavras de Jesus a Nicodemos ele é como o vento, sopra onde quer, não se pode “aprisioná-lO” a métodos. Antes de adentrarmos especificamente sobre como se dá a atuação do Espírito Santo na salvação, precisamos primeiramente entendê-la. Zacarias Severa a define da seguinte maneira: “a salvação como um ato (obra consumada). Ela começa com a regeneração ou novo nascimento. Neste sentido, salvação denota um ato definitivo em que a pessoa muda de um estado de morte espiritual para um estado de vida espiritual (Efésios 2:1). esta transformação torna a pessoa salva. Salvação como um processo. A salvação tem também o sentido de um processo em andamento, até se consumar o plano de Deus na experiência do indivíduo. Neste processo, realiza-se o desenvolvimento da vida e da personalidade do crente em conformação com a imagem de Cristo. Há ensino claro de que o crente deve desenvolver sua vida cristã. (2 Coríntios 7:1 1 Tessalonicenses 4:3-4,7; Hebreus 12:14).   

   Salvação como consumação. O cristão se move em direção a uma gloriosa consumação na qual sua salvação será completa. Paulo dá bastante ênfase na salvação futura. Ele refere-se à ressurreição do corpo como um aspecto essencial da salvação (Romanos 8:23; 1 Coríntios 15:14-19,50-55). João declara que ainda não sabemos o que havemos de ser, mas que seremos semelhantes a Jesus (1 João 3:12). Enfim, o conteúdo maior da salvação está no futuro, e será revelado na volta de Cristo”. Como visto (resumidamente), compreendendo os estágios da salvação, será mais fácil compreender também a atuação do Espírito santo em todo seu processo, como segue.

   Ele chama: a chamada de Deus (ou seu equivalente “vocação”) é Seu convite estendido aos homens, apresentando-lhes o plano de redenção. Teólogos e escritores geralmente distinguem entre “chamada geral” e “chamada especial”, mas não é o caso de analisarmos essa “distinção” na presente lição, e apenas ressaltar o agir do Espírito Santo nesse ato, produzindo certa influência no coração do homem que o leva a aceitação do plano de Deus para a salvação. “Para chamar o homem ao arrependimento, Deus usa meios variados, tais como sua “providência e seus atos de bondade (Romanos 2:4 Jeremias 31:3) e de justiça (Isaías 26:9 Salmos 107:6-13)”.

   Em Atos dos Apóstolos 2:37 após ouvirem a pregação de Pedro, o texto bíblico afirma que “compungiu-se-lhes o coração”, e é de suma importância essa palavra, pois “compungir” (devido a várias versões da Bíblia pode ser que tenha outra palavra, mas de igual significado) do grego κατενύγησαν (katenuguésan) tem a ideia de ferir, picar com violência, e no presente texto quer dizer ser picado no coração, “emocionalmente perfurado”, ou “psicologicamente picado”, “emocionalmente atordoado”, picar, furar ; metaforicamente, para atormentar profundamente a mente, agitá-la com veemência; uma tradução bem acertada seria que “eles foram feridos no coração com tristeza pungente”, e esta ação de “ferir” foi provocada pelo Espírito Santo, que é o agente de transformação, cumprindo com as palavras de Cristo que quando Ele viesse “convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo”(João 16:8).

   Então, o Espírito Santo atua na mente do individuo no intuito de despertá-lo, e embora Ele o faça de várias maneiras, o meio principal de Sua ação é a Palavra de Deus, ela se torna “um instrumento de ação do Espírito santo no coração do indivíduo, para gerar fé e conversão”. Assim “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra” (Romanos 10:17), o vocábulo grego aqui para “palavra” é ῥήματος, (rématos), e se refere ao discurso, a palavra falada, proclamada, verbalizada, por isso a ênfase na pregação do Evangelho.  “Deus Espírito Santo pode transformar a nossa mais humilde pregação e nossas mais covardes palavras sobre Cristo, por Seu poder, em palavra de persuasão na vida de outras pessoas. Sem a atuação do Espírito Santo nunca veríamos com clareza a verdade divina sobre o nosso pecado, ou a respeito do nosso Salvador”. 

   Ele regenera. A regeneração é atuação direta do Espírito Santo na vida daquele que crê, “não por obras de justiça praticada por nós, mas segundo sua misericórdia, ele no salvou mediante o lavar regenerador do Espírito santo” (Tito 3:5 – grifo nosso). Há dois pontos que merecem destaque nesse versículo, o primeiro diz respeito à regeneração. Palavra grega παλιγγενεσίας (palingenesias) formada a partir de palin (novamente), e gênese (nascimento) e tem a ideia de nascer novamente, ou ser restaurado ao estado anterior à queda, produção de uma nova vida, é ato pelo qual o homem recebe uma nova vida, novo começo.

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   Enquanto João 3:3 enfatiza a origem do novo nascimento (nascer do alto), Tito 3:5 enfatiza quanto a sua natureza ou espécie (tipo), é totalmente novo, e é algo em progresso constante (anakainóō), que significa renovar passando de um estágio para outro mais alto, tornando qualitativamente novo. Segundo destaque refere-se ao agente desse processo, que não tem “origem” e “não depende” das “obras de justiça”, mas sim provêm da “misericórdia de Deus” e é efetuada pelo Espírito Santo, em concordância com João 3:6. Existem outros termos para “regeneração” encontramos por exemplo “novo nascimento”(João 3:3), “nascidos de Deus”(João 1:13), “vivificação”( Efésios 2:1,5), “nova criação”(Efésios 2:10; 2 Coríntios 5:17) e “ressurreição”(Colossenses 2:13; 3:1).  Sobre isso, Zacarias Severa diz: “A ideia bíblica é de que há um homem natural e outro regenerado, ou feito novo em Cristo [...].

   Regeneração é o ato de Deus pelo qual Ele muda a disposição moral da alma do indivíduo, na união com Cristo, tornando-o moral e espiritualmente semelhante a Cristo”. E ainda segundo Billy Graham:

   “O presente de vida nova ou divina vem de Cristo para a pessoa regenerada, através do Espírito Santo [...].O Espírito de Deus, tornando da Palavra de Deus, faz um filho de Deus. Nós nascemos de novo pela atuação do Espírito Santo, que, por sua vez, usa a Palavra de Deus divinamente inspirada. O Espírito de Deus dá vida às pessoas. A partir do momento em que nascemos de novo, o Espírito passa a morar em nós para toda a vida. Recebemos vida eterna”.

   Produz convicção: além do chamamento e da regeneração, o Espírito Santo produz certeza, convicção. Isso ocorre de duas maneiras: O Espírito Santo traz certeza da eficácia da morte expiatória de Jesus, bem como seu eterno benefício em favor do homem “e disto nos dá testemunho também o Espírito Santo”(Hebreus 10:15), ou seja, é aquele que traz evidência, mostra veracidade de fatos dignos de confiança, essa é a ideia de um “martureo” (traduzido por testemunha e mártir), fornecer evidência em um tribunal. “Sobre o quê o Espírito Santo é uma testemunha para nós - isto é, o Espírito Santo é uma prova da verdade da posição aqui estabelecida - de que a expiação feita pelo Redentor estabelece os alicerces para a eterna perfeição de todos os que são santificados. O testemunho do Espírito Santo aqui referido é o que é fornecido nas Escrituras, e não qualquer testemunho em nós mesmos”.

    Esse alicerce está claramente no contexto imediato de Hebreus 10:15: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrados dos teus pés. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados”(Hebreus 10:10-14), assim, primeiramente é esta convicção que o Espírito Santo produz.

   No entanto, no sentido particular, no íntimo de cada um, o Espírito Santo produz convicção testificando sua filiação divina. Vejamos uma passagem bíblica que esclarece a esse respeito: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”(Romanos 8:16). A palavra “testifica” no texto vem de συμμαρτυρέω (summartureó) e significa “prestar testemunho conjunto”, essa ocorrência tem razão de ser, pois nesse caso também, o contexto ajuda elucidar como se pode ver: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; e se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Romanos 8:14-17).

   “A substância da convicção que é apresentada no espírito humano pelo testemunho do Espírito de Deus não se dirige principalmente a nossa relação ou sentimentos a Deus, mas a uma coisa muito maior do que isso - aos sentimentos e relação de Deus conosco. E assim, evidência do Espírito é a convicção direta baseada na revelação do infinito amor e paternidade de Deus em Cristo Filho, de que Deus é meu Pai; da qual convicção direta chego à conclusão, a inferência, o segundo pensamento: Então posso confiar que sou Seu filho. Mas por quê? Por causa de alguma coisa em mim? Não: por causa d’Ele. O próprio emblema da paternidade e filiação pode nos ensinar que isso depende da vontade do Pai e do coração do Pai. O testemunho do Espírito tem por forma minha própria convicção: e por substância meu humilde clamor: 'Ó Tu, meu Pai do céu!

   A passagem diante de nós nos diz que o senso de paternidade que está no coração do cristão e se torna seu clamor vem do Espírito de Deus. O teste da convicção interior é a vida exterior; e aqueles que têm o testemunho do Espírito dentro deles têm a luz de sua vida iluminada pelo Espírito de Deus, pela qual podem ler as letras manuscritas no coração e ter certeza de que são de Deus e não são deles. Se você quiser, com clareza, uma alegria perpétua, uma glória e uma defesa, a confiança inabalável de 'eu sou seu filho', vá ao trono de Deus, deite-se ao pé d’Ele e deixe o primeiro pensamento ser 'Meu Pai Celestial' e isso iluminará, estabelecerá, fará onipotentes em sua vida o testemunho do Espírito de que você é filho de Deus”. Em suma, no processo de salvação, tem o agir do Espírito Santo em todos seus estágios: ele chama, regenera e firma convicção de que somos filhos de Deus por adoção em Jesus, e mesmo se utilizando da vários meios, Seu principal instrumento é a Palavra de Deus.

 

CONCLUSÃO

   A vida cristã tem suas raízes firmadas na graça salvadora de Deus. O Espírito Santo suscita fé e nos chama ao arrependimento, uma vez crendo, Ele nos regera, traz-nos nova vida, dando-nos a certeza de sermos filhos de Deus. Tal certeza não se baseia em nossas obras de justiça ou qualquer mérito nosso, mas sim no sacrifício de Jesus, em uma nova relação com Deus e nossa consciência recebe confirmação da parte do Espírito Santo, este duplo testemunho testifica que somos filhos de Deus, e faz da nossa oração uma confissão de fé que resulta na exclamação “Aba Pai”, ou “meu Pai”, isso não é meramente decorar e repetir frases bíblicas, mas sim expressão de fé salvadora, é uma certeza constante e crescente em nós. Olhar para a atuação do Espírito Santo em uma perspectiva mais salvadora do que aquele que dá “poder” é o caminho mais seguro para um caráter mais aperfeiçoado e uma fé mais firme.

 

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE

 

  1. Por que é indispensável o crer para ser salvo?

R.:

  1. O que é o pecado da incredulidade e como isso nos afeta em relação à salvação?

R.:

  1. Por que é necessária a interferência (ou influência) do Espírito Santo para a salvação?

R.:

  1. Como podem ser entendidos os estágios da salvação?

R.:

  1. Como o Espírito Santo atua no “chamado para a salvação”?

R.:

  1. Como o Espírito Santo atua na “regeneração”?

R.:

  1. Como o Espírito Santo atua trazendo (ou produzindo) convicção?

R.:

 

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