Para se se ter uma vida espiritual saudável, a busca diária através da oração e da leitura bíblica não é algo opcional. Se quisermos permanecer de pé espiritualmente, mesmo sendo bombardeados todos os dias pelo inferno e todos os tipos de tentações, é imprescindível buscar na fonte eterna, que é Cristo Jesus, forças para cada dia de batalha. Cada cidadão do Reino de Jesus deve tomar sua carne, suas vontades e lançar-se de vez, sem olhar as circunstâncias adversas.E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
Gênesis 2:15
INTRODUÇÃO
Existem líderes, homens de Deus, que na tentativa de serem pessoas dirigidas pelas essências das coisas, no que se refere à fé, igreja, reino de Deus, etc., ignorando todos os aspectos administrativos, jurídicos, contábeis e bíblicos, chegam a dizer o seguinte, quando se fala de patrimônio: “Ah... patrimônio... para que essa preocupação? Patrimônio são coisas materiais! O que têm a ver as coisas materiais com as espirituais?”
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Sim...tem tudo a ver! Falando só no aspecto material: “São sim, bens materiais, porém de Deus, santos (separados), para servir a um povo santo (separado), que deve servir a Deus, que é absolutamente Santo. Portanto, devemos considerar, valorizar e cuidar, com zelo e honestidade, dos bens patrimoniais da igreja, pois esses são ferramentas materiais que cooperam na consecução dos objetivos do Reino dos céus.
Se fôssemos abordar o assunto “patrimônio” em todos os seus aspectos (administrativo, jurídico, cultural, contábil, bíblico, etc.), teríamos que produzir um curso assessorado por um administrador, um jurista, um contador e um teólogo, no mínimo. No nosso caso, iremos apenas abordar alguns aspectos da visão administrativa e bíblica, a fim de que entendamos a sua importância na vida missionária, social e até espiritual da igreja.
QUAIS AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES NO CONTROLE DO PATRIMÔNIO?
Conceitos etimológicos e técnicos
O que significa a palavra patrimônio? O termo está, historicamente, ligado ao conceito de herança do pai ou ancestrais.
Um conceito técnico: patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa ou pessoa física.
O patrimônio, segundo a CBSDB.
O patrimônio da CBSDB é constituído de saldos bancários e de caixa, bens móveis e imóveis, títulos, apólices, adquiridos por compras, permuta, doação ou legado, registrados em seu nome, entre outros, e só poderá ser utilizado na consecução de seus fins estatutários.
Quanto às atribuições do Departamento Patrimonial da CBSDB, recomendamos a leitura do art. 67 do seu Regimento Interno.
ALGUNS PERSONAGENS BÍBLICOS NO CONTROLE DO PATRIMÔNIO
Antes de falarmos da função específica do controle patrimonial exercida pelos levitas, queremos lembrar que todo trabalho que envolvia o tabernáculo (no tempo de Moisés) e, posteriormente, o templo (no tempo e após Salomão), foi uma incumbência dada por Deus, através de Moisés, a Arão e seus filhos, e, em seguida, estendida a Levi e seus descendentes. Qualquer que fosse a função exercida no santo ministério, devia ser exercida por um descendente de Arão ou um levita. Esses cargos não podiam ser exercidos por estranhos ao ofício, caso contrário custaria a vida de quem viesse a exercê-los (Números 3:10). Para entendermos, iremos abordar alguns sub-tópicos:
RAÍZES SACERDOTAIS JUDIAS-CRISTÃS
Raízes sacerdotais judaico-cristãs.
NO PERÍODO DOS PRIMÓRDIOS E PATRIARCAS:
Era a ordem de Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote, além dos patriarcas, sacerdotes da família. “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Ele era sacerdote do Deus Altíssimo.” (Gênesis 14:18 e Hebreus 7:1). A ordem de Melquisedeque veio direto de Deus e permanece para sempre em Cristo (Hebreus 7:3).
DO PERÍODO MOSAICO ATÉ OS REIS:
Era a ordem de Arão. “São estas as gerações de Arão e de Moisés, no dia em que o Senhor falou com Moisés no monte Sinai. E são estes os nomes dos filhos de Arão: o primogênito, Nadabe; depois, Abiú, Eleazar e Itamar. Estes são os nomes dos filhos de Arão, os sacerdotes ungidos, consagrados para oficiar como sacerdotes. Mas Nadabe e Abiú morreram diante do Senhor, quando ofereciam fogo estranho ao Senhor, no deserto do Sinai, e não tiveram filhos; assim, Eleazar e Itamar oficiaram como sacerdotes na presença de Arão, seu pai.” (Nm. 3:1-4).
A administração dos bens patrimoniais do tabernáculo/templo no tempo de Moisés, Salomão, Ezequias e Novo Testamento.
NO PERÍODO MOSAICO:
Em Números, capítulo 3, diz que os levitas foram incumbidos da guarda de toda a congregação (v. 7). Diz que deviam cuidar e guardar todos os vasos da tenda da congregação (v. 8). Enquanto a tenda (tabernáculo) era peregrina, os filhos de Levi, Gérson, Coate e Merari deviam guardá-la. Eleazar era o superintendente da guarda do santuário.
NO PERÍODO DE DAVI E SALOMÃO:
Baseados em 1 Crônicas 23:1,2,6 e 32, vemos que o sistema sacerdotal, ministerial, administrativo e patrimonial continuava seguindo os mesmos parâmetros do período de Moisés. Vejamos então:
“Quando já era bem velho, Davi constituiu o seu filho Salomão rei sobre Israel. Davi reuniu todos os chefes de Israel, bem como os sacerdotes e levitas. [...] Davi os repartiu por turnos, segundo os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari [...] deviam cuidar da tenda do encontro e do santuário e deviam ajudar os filhos de Arão, seus irmãos, no ministério da Casa do Senhor.”
NO PERÍODO DO REI EZEQUIAS:
Em 2 Crônicas, capítulo 31, houve a continuidade dessa organização até a destruição do templo pelos babilônios.
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NO PERÍODO DO NOVO TESTAMENTO:
O livro de A.A. e as epístolas evidenciam que a Igreja Primitiva era organizada e os diáconos se encarregavam da administração.
DEUS NOS CHAMA PARA SERVIR
Hoje vemos o quanto é importante na igreja existirem pessoas com aptidões específicas em diversas áreas para somar na equipe do Senhor, a fim de que a igreja possa operar com eficiência e eficácia, alcançando o seu objetivo, sob a direção do Espírito Santo (Romanos 12:5-8; 1 Coríntios 12:5-11).
Existem várias pessoas aptas ao trabalho do Senhor, se assim se sentirem chamados para servi-lO e glorificá-lO, e também contribuir para a salvação das almas. Assim, várias profissões e aptidões naturais, sendo bem aproveitadas na atividade da igreja, poderão trazer grande contribuição.
APLICAÇÃO
Quando vamos ao templo para render adoração ao nosso Deus, verificamos que as coisas destinadas para o nosso uso, estão organizadas, limpas e no seu local adequado. Alguém colocou o álcool em gel para usarmos, as cadeiras e os bancos estão no seu devido lugar e limpos. O banheiro tem papel higiênico, toalhas descartáveis de papel e está impecavelmente limpo e cheiroso. O chão do templo está brilhando, as janelas limpas, o púlpito no seu devido lugar. Alguém contratado pela direção da Igreja supervisionado por um diácono ou uma diaconisa fez esse trabalho. Em alguns lugares alguém da própria congregação doa o seu tempo para fazer isso. Normalmente não percebemos isso, apenas quando algo não está certo, por exemplo, quando vemos uma teia de aranha no teto. O templo foi construído com os recursos daquela comunidade. Esses bens foram adquiridos com o dinheiro doado pelos irmãos. Não só os obreiros devem cuidar deles, mas é obrigação de todos os crentes. Alguém dispendeu seu tempo para que você encontrasse tudo organizado no sábado, ajude a cuidar dos bens materiais da sua Igreja, pois todos nós usufruímos deles.
CONCLUSÃO
Todos nós conhecemos o capítulo 6 do livro de Atos, que fala da instituição dos diáconos na Igreja de Jerusalém. A função daqueles sete homens era fazer trabalho comum para liberar os apóstolos para a execução de coisas espirituais para a Igreja: ministério da Palavra e a oração. Muitas vezes percebemos em nossas Igrejas que tudo tem que passar pelo pastor: ele tem que estar cedo no sábado para abrir o templo, verificar se as coisas estão no seu devido lugar e se são adequadas. Esses trabalhos, digamos, seculares da Igreja devem ser feitos pelo(s) diácono(s) e não é responsabilidade do pastor. Para isso que os diáconos foram ordenados. Podem e é ótimo quando participam das atividades de adoração, liderança e pregação. Mas não podem se esquecer de que foram designados para atender a organização e o bom funcionamento das coisas no templo. Mas todos os irmãos da comunidade são responsáveis pelo uso adequado e o cuidado dos bens e do templo.
Ao fazermos assim, além de prestarmos um valioso serviço em prol do Reino, estaremos glorificando ao Senhor!
QUESTÕES PARA REFLETIR EM CLASSE
1. Como temos cuidado, guardado e usado os bens patrimoniais da Igreja? Temos usado como nossos bens individuais? Ou temos usado com zelo a esses bens?
R.
2. A exemplo do rei Ezequias que fez tudo com amor na obra do Senhor e que por isso o seu reino prosperou, com que que amor temos feito a mesma obra hoje?
R.
3. Você sempre participa das campanhas em prol do patrimônio (reforma/construção, etc.) ou pensa não ser algo importante?
R.
4. O templo é do Senhor, mas também é nosso, por sermos do Senhor. Você ajuda na sua manutenção/preservação ou só quer usufruir?
R.
5. Há alguma reforma a ser feita no nosso templo?
R.
6. Há alguma reforma a ser feita em nós hoje?
R.
