Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Apocalipse 1:3 

INTRODUÇÃO

   Quando lembramos das histórias de crianças havia inúmeros contos de piratas que se lançavam ao mar com o intuito de encontrar o seu tesouro, geralmente retratados por baús cheios de moedas de ouro e joias. Ainda hoje se pesquisarmos no “Google Imagens” este conceito ainda está perpetuado em nosso imaginário. Jesus em seu famoso sermão do monte também fala sobre tesouros, em Mateus 6:21 nosso Senhor afirma que onde estiver o nosso tesouro estará nosso coração.

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   O conceito de coração para um hebreu era um pouco mais amplo do que conhecemos agora, do ponto de visa fisiológico tratava-se todas as suas entranhas e não somente o órgão que hoje entendemos como coração e sob a ótica figurada, que é a empreendida pelo nosso Senhor Jesus, dá-se a ideia do coração como o centro de comando do homem, sendo responsável pela personalidade, caráter, estados emotivos, propósitos e até atividades intelectuais95. Portanto, se seguirmos os nossos pensamentos mais valiosos, se analisarmos aquilo que mais amamos ou avaliarmos os propósitos de nossas atitudes certamente o final desta caminhada nos levará ao nosso verdadeiro tesouro. Riley aponta que o mundanismo é um dos maiores perigos para nós cristãos, por se tratar de um inimigo astuto e enganador.96 Nós cristãos devemos sempre estar alertas para que nosso coração não seja desviado pelos valores mundanos:

   Mateus 6:19-21. “Não ajunteis tesouros na terra, onde traça e ferrugens os consomem, e os ladrões invadem e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem os consomem, e os ladrões não invadem nem roubam. Porque onde estiver teu tesouro, aí estará também teu coração”.

   O Rev. Lloyd-Jones nos alerta que muitos irmãos nossos interpretam erroneamente a Palavra do Senhor Jesus ao dar uma compreensão limitada de tesouro somente ao dinheiro.

   Em suas palavras “O nosso tesouro talvez não seja dinheiro. Pode ser marido, mulher ou filhos; pode ser um dom que se calculado quanto ao seu valor monetário, bem pouco represente. Para certas pessoas, o seu tesouro é a sua residência”

   Não há nada mais valioso que as bênçãos celestiais que recebemos de Deus e as promessas que temos no porvir como herança que não perece (1 Pedro 1:3). Por isso, nosso chamado é para nos preocuparmos, em primeiro lugar, com o Reino que nosso Senhor Jesus apresenta.

   Nós sabemos que o texto bíblico tem sua origem no próprio Deus (1 Pedro 1:21) e tem por objetivo nos capacitar para a nossa vida em Cristo:

   1 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; a fim de que o homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar toda boa obra.”

   Sendo a Bíblia, portanto, fonte primária para a vontade de Deus em nossa vida, ela é o nosso maior tesouro neste mundo e a forma como lidamos com este tesouro tem influência direta no modo como compreenderemos a Deus, Sua graça e todo o restante de nossa cosmovisão. Por isso, refletiremos um pouco mais sobre nossa relação com a Palavra de Deus, a partir de Apocalipse 1:3.

 

BEM-AVENTURANÇA DO QUE LÊ, OUVE E OBEDECE A PALAVRA DE DEUS.

   O conceito de bem-aventurados refere-se a uma felicidade que aponta diretamente para o nosso Senhor, algo que transcende sendo possível alcançá-la somente em Deus.

   O livro do Apocalipse apresenta sete bem-aventuranças, Barclay de forma pedagógica, classifica-as da seguinte forma:

   Atualmente vivemos em uma sociedade transformada pelas novas tecnologias, o especialista em tecnologia Kevin Kelly em 2011 fez a seguinte descrição: “Vinte anos atrás, se eu fosse contratado para convencer uma plateia de pessoas sensatas e esclarecidas que dali a vinte anos as ruas do mundo inteiro estariam mapeadas por fotos de satélite e à disposição em nossos aparelhos de telefone portáteis – de graça –, e com vista para as ruas de muitas cidades, não teria conseguido. Não saberia ilustrar as razões econômicas para que isso fosse oferecido “de graça”. Era completamente impossível naquela época”.

   As transformações sociais decorrentes dos adventos tecnológicos também influenciam ativamente a Igreja, atualmente há inúmeros aplicativos para smartphone com ótimas traduções bíblicas, temos fácil acesso a estudos e sermões de todos os lugares disponíveis e a qualquer tempo por meio do youtube, e-books e até cursos de formação teológica a distância que nos auxiliam no desenvolvimento da nossa fé. Podemos conversar com irmãos de todo mundo como se estivéssemos face a face.

   Há algumas décadas, para que alguém tivesse acesso à Bíblia, era necessário adquiri-la, para ouvir o próximo sermão somente aguardando outro culto. Os acessos aos estudos bíblicos também eram mais restritos, pois havia a necessidade de serem adquiridos diretamente nas livrarias evangélicas. A formação bíblica somente era possível nos lugares onde havia seminários e através de aulas presenciais (sugiro que você converse com algum irmão mais velho para que ele lhe relate as diferenças atuais).

   A Igreja situada no sec. I, época em que o livro do Apocalipse foi publicado, também tinha um culto com uma configuração diferente da atual, devido sua realidade social e tecnológica da época. Devido à escassez e o alto preço dos materiais de escrita, os livros bíblicos eram copiados para as igrejas que em geral tinham uma única cópia, por isso como modo de familiarização do texto bíblico eram realizadas leituras públicas no culto. Portanto a leitura em voz alta no culto cristão era essencial para que a comunidade tivesse acesso direto à Palavra de Deus. Esta prática já era comum nas sinagogas judaicas, que realizavam as suas leituras públicas por meio de sete membros da comunidade O Novo Testamento relata o exemplo de Jesus, quando entrou na sinagoga e fez uma das leituras públicas: “Chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou na sinagoga no dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para fazer a leitura. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías; ele o abriu e achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e para proclamar o ano aceitável do Senhor. E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhares de todos na sinagoga estavam fixos nele.” (Lucas 4:16 20).

   Transmitir a Palavra de Deus à Igreja é um dos maiores privilégios que o Senhor pode nos conceder assim como também é um privilégio ouvi-la·.

   Porém nosso privilégio não se encerra aí, o Senhor abençoa aqueles que obedecem a Sua Palavra e a essência da vida cristã encontra-se justamente em guardá-la em nosso coração.

   O Salmista canta: “Como o jovem guardará puro o seu caminho? Vivendo de acordo com a tua palavra. Tenho-te buscado de todo o coração; não permitas que me desvie dos teus mandamentos. Guardei a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” (Salmos 119:9-11).

   A Palavra transmitida deve alcançar a nossa essência, e quando isto ocorre ela produz em nossas vidas os frutos advindos dela. Tiago em sua carta descreve que a fé inexiste quando não colocada em prática: “Pois assim como o corpo sem o espírito está morto, também a fé sem obras está morta” (Tiago 2:26).

   A Exortação de Tiago encontra-se plenamente em harmonia com restante das escrituras, porque a fé não é mero exercício intelectual, mas sim uma transformação na vida daqueles que a recebem, tendo reflexo em todas as nossas atitudes. Jesus nos ensina “que toda arvore é conhecida pelos seus frutos” (Lucas 6:44). Portanto o que nos torna cristãos não é somente o conhecimento da Palavra de Deus, mas sim de que forma reagimos a ela e quais são seus efeitos em nossa vida. Nosso Senhor Jesus, por meio de uma parábola, em Mateus 6 fez a seguinte distinção entre aqueles que praticam e os que não praticam a palavra de Deus: “Eu vos mostrarei a quem é semelhante aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica: É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou, abriu uma vala profunda e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, a torrente bateu com ímpeto contra aquela casa e não a pôde abalar, pois havia sido bem construída. Mas quem ouve as minhas palavras e não as pratica é semelhante a um homem que construiu uma casa sobre a terra, sem alicerces, contra a qual a torrente bateu com ímpeto, e a casa logo caiu; e a sua destruição foi grande” (Mateus 6:47-49).

   A compreensão de que é vital ao cristão uma vida em obediência à Palavra de Deus produzindo frutos ou obras, também se faz presente no tradicional hino do Cantor Cristão número, 367, “Firme na Rocha”, por exemplo.

 

A PALAVRA DE DEUS

    Sabemos que a Palavra de Deus é essencial em nossa vida e é por meio dela que conhecemos ao nosso Senhor. O Apóstolo Paulo nos ensina esta verdade em sua carta aos Romanos: “Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego. Pois a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Romanos 1:16-17).

   Não há como obedecer ou transmitir aquilo que não conhecemos, por isso faz-se necessário definir qual é o nosso entendimento sobre “Palavra Deus”. Isto porque o entendimento equivocado sobre este tema poderá impactar diretamente em toda nossa relação com o Senhor.

Wayne Grudem faz a seguinte classificação:

   Em nossa declaração de Fé afirmamos que “Cremos que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus e é a nossa autoridade final e soberana em assuntos de fé e prática”.

   A aceitação dos livros oriundos do Antigo Testamento como Palavra de Deus vem da tradição judaica. Jesus e seus discípulos também reconhecem sua autoridade no Novo Testamento o citando mais de 295 vezes. No Evangelho de Mateus, o nosso Senhor Jesus afirma total harmonia com os textos bíblicos do Antigo Testamento: “Não penseis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir (Mateus 5:17).

   Os livros que compõem o Novo Testamento foram reconhecidos oficialmente nos concílios de Hipona e Cartago, realizados em 393 e 397. O Rev. Hermisten resumiu os 4 principais critérios utilizados para seleção destes livros:

1) A Apostolicidade: O livro deveria ser escrito por algum dos doze apóstolos ou por alguém que conviveu com algum deles 

2) A aceitação e utilização por parte da igreja: O texto deveria fazer parte da leitura litúrgica nas Igrejas

3) Coerência Doutrina: O texto não poderia ser contrário a doutrina dos apóstolos

4) Inspiração: O livro deveria ter alguma evidência de inspiração divina.

   A crença que a Bíblia é a Palavra Deus é advinda através da fé, sendo, portanto, um exercício dela. Somente o Espírito Santo pode nos convencer que Ele foi capaz de inspirar estes autores humanos, preservar os seus textos e conduzir a Igreja no seu reconhecimento para chegarmos no que hoje entendermos por Bíblia.

 

A SUFICIÊNCIA

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   Embora nem toda a Palavra de Deus esteja registrada na Bíblia, temos que ter em mente que ela é suficiente para cumprir o propósito de Deus em nossa vida. Nosso propósito é nos dedicarmos ao que nos foi revelado e preservado pelo Senhor para a nosso desenvolvimento espiritual: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que obedeçamos a todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29).

   Nós cristãos devemos ser gratos pela revelação dada por nosso Deus, quando buscamos revelações extra bíblicas ou qualquer outra fonte para compreendermos a nossa fé negamos a sua própria Palavra. Não podemos fechar os nossos olhos para afirmar que, tanto os nossos sentimentos quanto as nossas experiências com Deus, impactam diretamente em nossa cosmovisão. O Senhor nos criou como seres ricos em sentimentos e capazes de analisar nossas próprias experiências. No entanto, devemos tomar o cuidado para que elas não substituam a Palavra de Deus como fonte primária de nosso conhecimento sobre Ele. Isto significa que nossas experiências e sentimentos devem ser interpretados à luz das Escrituras e não o contrário. Você já teve momentos em que sentiu que Deus não está lhe escutando? Ou já se sentiu inseguro quanto ao seu relacionamento com Ele? Enquanto nosso coração nos aponta isso, o apóstolo Paulo escreve aos Romanos: “Pois tenho certeza de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem autoridades celestiais, nem coisas do presente nem do futuro, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

   Caso deixemos nos levar por aquilo que agrada o nosso coração, podemos incorrer no mesmo erro de servos do  Senhor como Davi e Sansão, que buscaram aquilo que era agradável aos seus olhos e se distanciaram da Palavra de Deus em determinados momentos de suas vidas. É correto afirmar que nem sempre nossos sentimentos e experiências nos apontarão para o caminho errado, porém eles devem sempre ser interpretados à luz da Palavra de Deus. Como cantou o Salmista: “Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para meu caminho”. (Salmos 119).

 

A INERRÂNCIA

   “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17).

   Ao orar ao Pai, nosso Senhor Jesus aponta a Palavra de Deus como a própria verdade em essência, significa dizer que a Bíblia não está de acordo com a verdade, mas sim é a verdade suprema Embora o conceito de inerrância das escrituras não se apresente de forma explícita, ao lermos as Escrituras, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento, identificaremos que em todos os momentos do povo de Deus há confiança Plena nas Escrituras. Pela perspectiva meramente humana, compreender que as Escrituras apresentam falhas ou erros de qualquer tipo pareceria até razoável, porém o apóstolo Pedro nos ensina que a Palavra de Deus não é fruto do coração do homem, mas oriunda do próprio Senhor “Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:2).

   Da mesma forma que o convencimento da Bíblia como Palavra de Deus é uma ação do Espírito Santo, a fé e confiança plena nela também. Devemos observar que toda nossa fé é construída com base na Bíblia como Palavra de Deus inerrante. O Rev. Hermisten113 nos faz o seguinte alerta:

   “Como poderemos sustentar com convicção do nascimento virginal de Cristo, a humanidade e a divindade de Jesus Cristo, sua morte e ressurreição, a salvação eterna, o retorno glorioso de Cristo, se a base que temos para Crer e ensinar tudo isso pode estar errada?”

   O perigo daqueles que desconstroem a confiança plena nas Escrituras é poder formar ou recusar qualquer doutrina baseado na ideia de que a Bíblia pode estar errada. Se formos capazes de negar o próprio ensino de Cristo ao dizer “Antes que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará uma só letra ou um só traço da Lei, até que tudo se cumpra” (Mateus 5:18). Bem como a carta do Apóstolo Paulo a Timóteo de que “toda a escritura é divinamente inspirada e proveitosa” (1 Timóteo 3:16), seremos capazes de negar qualquer doutrina ou texto bíblico que nos desagrade.

   Portanto reiteramos, não é a Palavra de Deus que deve ser submetida a nós, mas nossa vida deve ser submetida a ela.

 

ALGUNS CUIDADOS AO ESTUDAR A BÍBLIA

   “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento” (Provérbios 9:1).

   Para que possamos realizar um bom estudo bíblico devemos começar com a reverência devida à Palavra Deus. Nossa declaração de fé ao tratar sobre a nossa liberdade de consciência afirma que ela está “sob a direção do Espírito Santo”. Portanto, para que possamos ter um estudo bíblico realmente proveitoso, devemos nos apresentar diante de Deus com o espírito de submissão e louvor.

   Nosso principal objetivo é buscar compreender o que o autor bíblico desejava transmitir aos seus leitores originais.  Deste modo faz-se necessário à compreensão do contexto em que as palavras foram empregadas para que possamos atingir tal alvo. Ao lermos o Novo Testamento por exemplo nós podemos encontrar quatro tipos de gêneros literários:

1) As Epístolas

2) Os Evangelhos

3) Atos

4) Apocalipse

   Sobre a literatura apocalíptica Valdez ensina que: “É um fato comprovado pela maioria dos especialistas, tanto atuais como das últimas duas gerações, que a literatura apocalíptica, nas suas diversas acepções, é um gênero que aparece em momentos de crise em que há necessidade de dar resposta a determinado tipo de situações limite.”         Identificar o contexto histórico também nos auxiliará neste processo. Em Apocalipse, por exemplo, João escreve sobre o juízo de Deus contra os perseguidores da Igreja em uma época que a Igreja estava sendo perseguida.

   Ao lermos qualquer passagem das Escrituras devemos nos perguntar como ela dialoga teologicamente com o livro, com os demais livros do mesmo gênero, com o Testamento e com toda a Bíblia.

   A prática da leitura Bíblia anual nos ajudará grandemente nesta compreensão geral, outras ferramentas como comentários bíblicos, o ideal é utilizar mais de um, também será uma grande ferramenta para o entendimento do contexto. Para quem deseja se aprimorar neste tema, uma boa sugestão é a leitura do livro: “Entendes o que lês?”, de Douglas Stuart & Gordon D. Fee. O que para este autor foi muito significativo no início de sua caminhada Cristã. Que possamos guardar a Palavra de Deus em nosso coração!

 

CONCLUSÃO

   Uma ilustração muito interessante que tive a oportunidade de ouvir sobre a vida Cristã em um Sermão do Pr. Sillas Campos, é que a vida cristã é similar a um voo de um pássaro.

   Creio todos já tiveram a oportunidade de ver um pássaro voar. Com suas duas asas batendo ou até planando, a depender da espécie. Nós cristãos dependemos também de duas asas para voarmos em nossa vida cristã. A primeira asa é a ortodoxia, são as corretas doutrinas da palavra Deus, e para isso é necessário estudá-la com todo nosso coração. Nossa outra asa é a ortopraxia, que nada mais é que a prática correta da doutrina da palavra de Deus que aprendemos. Da mesma forma que para um pássaro é impossível voar com somente uma asa, é impossível para o Cristão viver só de teologia sem praticá-la, ou tentar viver uma vida cristã prática, dissociada da doutrina. Portanto sejamos como pássaros diante do Senhor!

 

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE

1. Qual seu entendimento de inerrância bíblica?

R.

2. Qual seu entendimento de suficiência bíblica?

R.

3. Oque é palavra de Deus?

R.

4. Quais os principais critérios para a formação do cânon do Novo Testamento?

R. 

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