O que acontece quando morremos? É bastante comum lermos relatos de pessoas que tiveram uma experiência de quase-morte. Geralmente, este tipo de experiência provoca uma mudança no comportamento das pessoas quando estas voltam a si. Elas passam a olhar a vida com outros olhos, pensando mais nos outros. Acham-se no dever de fazer uma reforma íntima, serem menos críticas, analisarem o que tinham feito da vida até aquele momento e o que poderia ser feito de forma diferente.

É natural pensar sobre a morte, até porque mais cedo ou mais tarde nós vamos morrer. A Bíblia diz, em 1 Coríntios 15:26 que a morte é último inimigo do povo de Deus a ser destruído. Podemos vencer muitos outros inimigos, mas a morte sempre vence no final. Podemos até adiá-la ou negá-la, mas isto será sem sucesso. “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”, diz a Bíblia, em Hebreus 9:27 e ninguém vai escapar dessa condenação.

Enquanto eu lia João 11 fiquei impressionado com o fato de que Jesus, quando ouviu que Lázaro estava doente, deliberadamente atrasou sua viagem até que ele estivesse morto. Na verdade, Jesus ficou onde estava por mais dois dias. Quando ele chegou a Betânia, Lázaro estava no túmulo por quatro dias.

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Quando Marta viu a Jesus, ela lhe disse: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido” (v. 21). Há uma estranha combinação de tristeza e enorme fé nessas palavras.

Se você estivesse aqui”. Todos nós pensamos, de tempos em tempos, que se Jesus tivesse estado aqui, meu casamento teria sido salvo. Senhor, se tu estivesses aqui, eu não teria perdido a paciência. Se Jesus estivesse aqui, quando precisávamos dele, nossa família ainda estaria unida.

Mas agora Jesus está aqui! E, o que ele pode fazer? Observe o que Marta lhe diz, no verso 22: “Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires”. Então Jesus lhe responde: “O seu irmão vai ressuscitar” (v. 23). Mas, na mente de Marta, seu irmão Lázaro estava morto há tanto tempo que qualquer pensamento de uma ressurreição imediata estava fora de questão. Ela acreditava que Jesus poderia curar Lázaro e também acreditava que ele haveria de “ressuscitar na ressurreição do último dia” (v. 24). Mas nunca lhe ocorreu que Jesus poderia ressuscitar Lázaro naquele mesmo dia!

É neste contexto que Jesus disse a Marta as famosas palavras que, desde então, já foram citadas em mais de um milhão de túmulos:

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? "

João 11:25-26 - NVI

Estas palavras têm sido uma luz e uma esperança para o povo de Deus por 2000 anos. Nós as citamos porque elas expressam nossa fé mais profunda em Jesus Cristo.

Eu sempre pensei que estes versos são um pouco misteriosos, porque Jesus parece contradizer a si mesmo. Em um lugar ele diz que um homem viverá mesmo que ele morra. Em seguida, ele imediatamente diz que se um homem acredita nele, nunca irá morrer (ARC).

Como é que se pode morrer e não morrer, ao mesmo tempo? Há uma espécie de morte que não é realmente uma morte? É isso que Jesus quer dizer?

Vamos considerar cada frase cuidadosamente, a fim de compreender o que Jesus está dizendo para nós.

Primeiro, Ele é o Senhor da morte em todas as suas formas. Observem o começo do verso 25: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Observem como isso é pessoal. Ele não diz: “eu trago a ressurreição e a vida”; mas “Eu sou a ressurreição e a vida”. Na presença de Jesus a morte não é mais a morte. É algo completamente diferente.

Paulo, mais tarde, vai perguntar assim: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Tragada foi a morte na vitória” (1 Coríntios 15:55-56). A morte foi vencida, a morte foi tragada pela vitória. A Bíblia diz que Jesus Cristo arrancou aguilhão da morte. Este veneno da morte foi tirado, foi arrancado. E Cristo venceu a morte com a sua morte, ressuscitando dentre os mortos. Agora a morte não tem mais a última palavra, porque a morte foi vencida e foi derrotada, porque Jesus venceu a morte, erguendo-se dentre os mortos como primícia de todos os que dormem.

Gostaria de lembrar, ainda, que nosso Senhor, muitas vezes usou a palavra “dormir” para descrever a morte. Quando viu a filha de Jairo, ele disse: “Ela está dormindo”. Ele disse aos discípulos que Lázaro estava dormindo e que estava indo até lá para acordá-lo (v. 11). O sono é natural é normal e é por isso ninguém chama os paramédicos quando você se deita para tirar uma soneca. Morte, para o crente, é como se deitar para um cochilo, por um bom tempo. O corpo pode dormir por muitos anos, de fato, mas no final ele irá acordar. Quando Jesus ressuscitou Lázaro, aquilo era apenas um espécime, uma amostra do que ele irá fazer para o seu povo quando ele retornar à Terra.

A resposta para a morte não é uma ressurreição. É o próprio Jesus. “Eu sou a ressurreição e a vida”. Ninguém pode ter a esperança de escapar da morte, a menos que esteja relacionado com Jesus por meio de uma fé pessoal.

Homens e mulheres querem desesperadamente saber o que há do outro lado da vida, na morte. A resposta é muito simples. Se você conhece Jesus, o que está do outro lado é a ressurreição e a vida. Se você não O conhece, você não tem esperança. Quando a hora da morte chegar, é melhor você conhecer Jesus ou estará sozinho!

Segundo, Ele é a única solução para a morte. “Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. Pense sobre essas palavras por um momento. Você pode viver mesmo que morra. Este é desejo mais profundo dentro do coração humano. Saber que a morte não é o fim de todas as coisas.

Alguns afirmam que a morte é uma passagem, uma travessia, uma viagem. Já outros, como o aclamado físico Stephen Hawking, rejeitam a idéia de uma vida após a morte e, por isso, enfatizam a necessidade de viver todo nosso potencial aqui na Terra. Para eles, precisamos fazer bom uso de nossa vida agora, pois não há mais nada depois.

Que triste deve ser chegar ao fim da vida e acreditar que não há mais nada após a morte! Talvez, apenas uma fuga para o cosmos, uma passagem para a noite escura, marchando para fora do palco para o nada eterno...

Mas, sem Jesus Cristo, que outra esperança temos? Durante meu ministério já conduzi funerais para todos os tipos de pessoas. As circunstâncias variavam, é claro, mas uma coisa era certa: no momento da morte, a verdade sobre os indivíduos aparece. Você pode fingir que vive uma vida piedosa durante toda a sua vida, mas você não poderá fingir quando olhar a morte fria cara a cara. Naquele momento, Jesus faz toda a diferença no mundo.

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Em momentos mais tristes, eu já vi a luz de Deus no rosto de todos aqueles que perderam seus entes queridos. Com lágrimas nos olhos, eles ainda sorriem, porque sabem que Jesus fez toda a diferença na vida e morte do ente querido. Ele é realmente a resposta à morte para todos nós.

Quando D.L. Moody, o grande evangelista americano, que durante sua vida anunciou a gloriosa esperança em Cristo, estava morrendo, ele exclamou:

“O mundo está recuando. Os céus estão se abrindo. Deus está me chamando e eu devo ir. Este é o meu triunfo, é o dia da minha coroação”.

Um dos maio­res pastores do século 20, o médico galês e Reverendo David Martyn Lloyd-Jones, depois de uma batalha contra o câncer, disse a sua família e a seus paroquianos, poucos dias antes de morrer: “Não orem mais por minha cura, não procurem me deter de ir para a glória”. Para ele, a morte não era uma viagem rumo ao desconhecido, mas a entrada no céu, no paraíso, na casa do Pai, na pátria celestial.

Paulo, o grande apóstolo aos gentios, na ante-sala do martírio, afirmou com inefável alegria: “Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2 Timóteo 1:12). A esperança da glória manteve esse bandeirante do Cristianismo de pé nas lutas mais renhidas. Ele tombou na terra, pelo martírio, mas erguer-se-á no céu para receber a sua recompensa.

Muitos já se sentiram dessa forma quando chegaram ao fim da vida. Mas e você? Como você acha que se sentirá ao ficar diante da morte?

Terceiro, Ele é o vencedor da morte em todos os tempos. Observem o que diz o verso 26: “E todo aquele que vive, e crê em mim, não morrerá eternamente”.

De certa forma esta é a declaração mais surpreendente que Jesus fez, porque ele está dizendo claramente que a morte para o crente deixará de existir. Será apenas a continuação da vida na presença de Deus.

Isso é o que Paulo queria dizer quando disse que morrer, para ele, “é lucro”. É também o que Davi quis dizer quando declarou: “E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”. Jesus tinha isso em mente quando ele prometeu ao ladrão, na cruz: “Em verdade eu hoje te digo: estarás comigo no paraíso”.

Morrer para um cristão é, segundo Paulo, “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fl 1:23). Morrer, para um cristão, é bem-aventurança. É descansar das suas fadigas.

Lembremo-nos das palavras do apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15:51-57:

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei..

1 Coríntios 15:51-57

No livro de Apocalipse temos a gloriosa promessa: “Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles” (Apocalipse 20:6). E o verso 14 diz: “Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo”.

E, no capítulo 21:4, ele afirma: “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. E a Bíblia diz que nós reinaremos com Cristo para todo o sempre e sempre. Amém!

Aqui está algo que você pode não ter considerado. Lázaro foi ressuscitado dentre os mortos apenas para morrer novamente, mais tarde. Por que Jesus o ressuscitou então? Para que pudéssemos saber que ele poderia fazê-lo. Afinal, alguém poderia dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida”, mas apenas o Filho de Deus poderia fazer o que Jesus fez.

Não basta viver bem, é preciso morrer bem. Não morre bem, quem não vive para glorificar a Cristo. Paulo desejou ardentemente glorificar a Cristo em sua morte, como o glorificou em sua vida. Não pode ter a morte de um justo quem viveu como um ímpio. Não pode glorificar a Cristo na morte quem não o glorificou na vida.

Ponha a sua confiança agora tão somente em Jesus. Só Ele é a rocha que não se abala e pode te sustentar.  Ele é o Forte de Jacó! Os que se apóiam nEle jamais serão abalados! Ele é o Deus vivo. Ele é a esperança dos desesperançados. Ele venceu a morte e ele pode dar a você agora salvação, vida eterna, perdão dos seus pecados, e a promessa de um corpo de glória, e que você irá reinar com Ele para todo o sempre.

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