Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus".

Mateus 5:16

Todas nós já sabemos que uma verdadeira discípula de Cristo deve refletir a Sua luz. Mas o que é ser luz? Como ser luz? Será que, por meio das nossas obras, as pessoas glorificam ao Pai?

Jesus declarou essa frase no contexto do Sermão do Monte, pregado aos seus discípulos, enquanto via, de cima de um monte, uma multidão sofrida, carente de cura, de libertação, de esperança, de vida, como ovelhas sem pastor. Certamente, Ele os estava preparando para cuidar desse rebanho, quando Ele partisse.

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Começando pelas bem-aventuranças (Mateus 5:1-12). Ele ensinava aos seus discípulos que tipo de pessoas pertenceria ao reino de Deus, herdaria a terra, veria a Deus e seria chamado filho de Deus. E que as pessoas que tivessem aquelas características, a despeito de toda dor, injustiça e perseguição que sofressem, seriam consolados, alcançariam misericórdia, seriam fartos de justiça e teriam um galardão no céu.

E então, Jesus começou a falar do propósito dos discípulos na terra. Ora, o sal serve para dar gosto à comida. Se ele não melhora o sabor do prato, para que o sal? Da mesma forma, a luz existe para iluminar. Portanto, se ocultamos a luz, ela não está cumprindo o fim para o qual foi criada.

O que Ele queria dos discípulos era que eles fizessem diferença neste mundo. Assim como o sal faz diferença numa comida, fazendo com que ela tenha sabor, e a luz faz diferença num ambiente, mostrando as coisas e cores existentes, os discípulos deveriam levar vida àquelas pessoas que não possuíam graça e viviam em trevas. Esse é o propósito de ser discípulo. Se está na videira, é para dar fruto.

Mas, em que sentido os discípulos deveriam se diferenciar do resto do mundo? Antes de vermos o que deveria ser diferente, é preciso identificar o que era comum de se ver no comportamento das pessoas daquela época. Os versículos 29 a 31 do primeiro capítulo de Romanos dão uma boa descrição daquela realidade:

Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis”.

Parece muito com o que vemos no mundo de hoje, não é verdade? Basta ligarmos a TV, seja no telejornal, seja em programas de auditório, novelas, seriados, o que vemos é basicamente isso. Não sei ao certo se a TV retrata o mundo ou este é que sofre a influência da mídia. Só sei que os valores estão todos distorcidos. Quando não se tem Deus, o “eu” é quem comanda. O resultado é o egocentrismo, o egoísmo, o relativismo, a ausência de empatia, a insensibilidade.

Mas os discípulos precisavam mostrar para as pessoas que o reino de Deus é bem diferente disso que está aí. Para isso, eles precisavam apresentar características tais como humildade, mansidão, justiça, misericórdia, pureza, paz, como descrito nas bem-aventuranças. Eles deveriam levar luz para um mundo de trevas!

E nós, será que conseguimos demonstrar todas essas virtudes? Será que nossa lâmpada tem essa potência toda?

No decorrer do Sermão do Monte, o próprio Jesus mostra como o padrão de justiça de Deus é alto, como é difícil, se não impossível, cumprir Seus mandamentos! Ele exige perfeição (Mateus 5:48). Assim, fica claro como dependemos do nosso Senhor para que sejamos luz!

E então Jesus ensina aos discípulos a oração do Pai Nosso, por meio da qual reconhecemos a santidade de Deus, a Sua soberania, a nossa dependência dEle, o nosso pecado e a nossa fraqueza. E Ele também ensina a buscar a Deus com sinceridade, a buscar em primeiro lugar Seu Reino e Sua justiça e a confiar n’Ele.

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Com relação ao próximo, Ele nos ensina que “tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles” porque esse é o resumo da Lei.

Assim, para sermos luz, precisamos buscar a Deus constantemente em oração, meditar na Palavra, para conhecermos qual a Sua vontade e Seu padrão para as nossas vidas e exercitarmos o Seu amor no nosso relacionamento com o próximo. E precisamos buscar desenvolver em nós o fruto do Espírito, que é o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio (Gálatas 5:22-23).

Há alguma dessas características nas passagens citadas que não estamos manifestando em nossa vida? Se sim, devemos fazer uma autoavaliação, pedir perdão a Deus, entregar nas mãos d’Ele e pedir que Ele nos transforme porque “a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4:18).

Por fim, embora Jesus tenha alertado que os discípulos sofreriam perseguição e calúnia, porque muitos rejeitarão a luz, alguns hão de reconhecer a Deus por meio das nossas boas obras, essa é a promessa. E devemos estar preparadas para responder com mansidão e temor a todo aquele que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pedro 3:15).

Sendo assim, como discípulas de Jesus, nosso papel é dar bom testemunho, resplandecer nesse mundo de trevas, levar a boa nova do reino de Deus para todos os que cruzarem nosso caminho, por amor à multidão sofrida, carente e perdida, e para glorificar ao Pai que está nos céus!

Perguntas para reflexão

Leiam o capítulo 5 de Mateus e discutam as questões abaixo:

  1. Quais são as características dos que serão chamados de bem-aventurados?
  2. O que é ser sal e luz?
  3. Que padrão de santidade Deus quer de nós?

Leiam Gálatas 5:16-22 e discutam as questões abaixo:

  1. Que fruto do Espírito não estamos manifestando em nossas vidas?
  2. De que formas podemos buscar o fruto do Espírito?

Para concluir, meditem na questão abaixo:

  • De que forma nossas boas obras podem influenciar o mundo?

Sugestão de leitura:

Estudos no Sermão do Monte, de Martyn Lloyd-Jones, Editora Fiel.

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